Suinocultura independente: preços dos animais seguem em queda livre em cenário de excesso de oferta
As quedas bruscas nos preços do suíno comercializado no mercado independente continuam, com algumas exceções de estabilidade, mas ainda em preços aquém dos custos de produção. Lideranças apontam que há suinocultores, inclusive, que estão vendendo até matrizes na intenção de sair da atividade.
Nesta quinta-feira (13), a Bolsa de Suínos realizada pela Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) ficou com preço estável em R$ 5,60/kg vivo, com acordo entre produtores e frigoríficos.
No mercado mineiro, o preço ficou estável em R$ 5,60/kg vivo, de acordo com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), entretanto, não houve acordo entre frigoríficos e produtores.
Segundo o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles, "as granjas mineiras do estado de Minas abaixaram seus pesos e idades.
Nesse momento a oferta de fora do estado continua maior que a demanda.
Isso dificultou a realização do acordo de preços e a Bolsa ficou sugerida".
Em Santa Catarina, o preço cedeu de R$ 5,63/kg vivo para R$ 5,08/kg vivo, conforme explica o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi.
"A situação está feia, teve produtor que chegou a comercializar um número grande de animais a R$ 4,10/kg, então imagina o desespero. Tem bastante gente com propensão a sair da atividade. Está desesperador o que estamos vivendo, e sem persperctiva a curto prazo para melhorar o cenário", disse.
No estado do Paraná, Considerando a média semanal (entre os dias 06/01/2022 a 12/01/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 8,13%, fechando a semana em R$ 5,20.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 5,09", informou o reporte do Lapesui.