Relatório aponta melhora no bem-estar de suínos na cadeia produtiva do Brasil

Publicado em 30/11/2021 15:24
Entre os principais aspectos está a mudança do alojamento de fêmeas em gestação de celas individuais para recintos coletivos

As condições dos suínos nas granjas entre 2020 e 2021 tiveram melhora na questão do bem-estar dos animais, conforme aponta o Relatório Observatório Suíno 2021, elaborado pela ONG Alianima (Confira o relatório na íntegra abaixo). De acordo com a segunda edição do documento, um dos principais aspectos que foram notados entre o ano passado e este ano foi o avanço na transição de celas individuais para baias coletivas para alojamento das porcas em gestação por parte dos fornecedores.

Esta mudança está prevista para passar a ser obrigatória a partir de 2045, conforme previsto na Instrução Normativa 113, publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no final do ano passado. Segundo o relatório, As celas possuem dimensões limitadas e que quase não permitem a movimentação dos animais. "Além do desconforto físico, os animais não conseguem interagir de maneira satisfatória entre si, explorar o ambiente e nem construir ninho antes do parto, comportamentos naturais importantes já comprovados pela ciência", aponta a análise.

Desde 2020, a ONG analisou os dados e constatou que houve um crescimento do uso de baias coletivas de 3% na companhia JBS, alta de 11% na BRF, esta última destacada pelo fato de ser a maior produtora de suínos, com aproximadamente 400 mil matrizes alojadas. "Outro ponto a ser ressaltado é que metade das empresas já atingiu mais de 50% da transição - Aurora, JBS e Pamplona - sendo a última com 81% concluído", informou a Alianima.

Apesar da boa notícia para o setor, o documento traz também os principais desafios relatados pelas agroindústrias, como a dificuldade de financiamento para implementação das melhorias, aabolição do corte de cauda dos leitões, em função da ocorrência de canibalismo e o banimento do uso preventivode antimicrobianos, "o que sugere que alternativas devem ser investigadas no intuito de extinguir essa prática periculosa e aquele procedimento doloroso".

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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