Exportação de ovos entre janeiro e setembro deste ano superam em 137% desempenho de 2020

Publicado em 24/11/2021 11:32 e atualizado em 25/11/2021 15:51
Brazilian Egg, programa da ApexBrasil e ABPA, impulsiona produção brasileira de ovos. Emirados Árabes Unidos são principal destino

Entre janeiro e setembro deste ano, as exportações de ovos in natura e processados totalizaram 7,329 mil toneladas, superando em 137,7% o desempenho de 2020. A expressividade do segmento é, em grande parte, resultado de uma série de ações do Brazilian Egg, fruto da parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). 

Assim, além dos benefícios para a saúde -- o ovo é o alimento mais nutritivo do mundo, possuindo vitaminas, proteínas de qualidade, antioxidantes e aminoácidos essenciais ao organismo --, ele é cada vez mais relevante para a inserção do Brasil no mercado internacional. 

O Brazilian Egg é um programa setorial que desde 2014 assessora e capacita empresas para exportarem seus produtos, por meio de participação em feiras, realização de workshops e outras ações especiais de promoção comercial. Nas feiras, marca presença com um estande que inclui produtos como ovo in natura, desidratado e pasteurizado, gema desidratada e pasteurizada e clara de ovo pasteurizada. Atualmente, seis empresas integram a marca setorial.  

Entre os eventos em que essas empresas marcam presença, destacam-se a Gulfood, principal feira de alimentos e bebidas do Oriente Médio, o Anuga, evento bianual na Europa e Sial China, maior feira de produtos alimentícios inovadores da Ásia. Sua principal vantagem, como destaca o diretor de mercados da ABPA Luis Rua, é a possibilidade que oferecem aos empreendedores brasileiros de prospectar e atrair novos mercados, uma vez que são feiras que atraem grandes números de visitantes.  

“Em receita, as exportações de ovos totalizaram US$ 11,54 milhões nos nove primeiros meses de 2021. Embora seja um número pequeno, se comparado a demais setores de exportação de proteína animal, é uma média alta para o segmento, que começa agora a ser expressivo na balança comercial do Brasil. Isso é resultado da qualidade do nosso produto e, principalmente, das ações do Brazilian Egg, que permitem que o mundo conheça a produção brasileira de ovos”, explica Rua.  

Os Emirados Árabes Unidos são o principal destino das exportações, com 4,406 mil toneladas exportadas entre janeiro e setembro, seguidos por Japão, com 649 toneladas e Omã, com 271 toneladas. Para manter e ampliar esse alcance, há uma série de exigências de padrão de qualidade dentro do programa, principalmente em relação às boas práticas sanitárias e à sustentabilidade do processo, como uso de energia e fertilizantes a partir de resíduos orgânicos da produção. Isso, como conta a responsável pelo setor de exportações da empresa Granja Faria, Juliana Mendes, é essencial para as empresas que integram a marca. 

“Foi através da nossa primeira participação na Gulfood, em 2019 com o Brazilian Egg, que fechamos negócios no Oriente Médio, hoje nosso principal destino de exportações. Já exportamos cerca de 1,5 milhão de quilogramas de ovos para a região. A marca setorial é essencial porque aproxima-nos de diferentes mercados, reduz barreiras e é vista no exterior como um selo de qualidade. Estar no Brazilian Egg garante, sobretudo, credibilidade diante de compradores internacionais”, diz Juliana.  

Além da Brazilian Egg, a ApexBrasil desenvolve junto à ABPA outras cinco marcas setoriais: Brazilian Chicken, Brazilian Breeders, Brazilian Duck e Brazilian Pork – que impulsionam, respectivamente, os setores de frango, genética avícola, pato e porco. A parceria tem sido bem sucedida e seu principal benefício para as exportações brasileiras é o fato de que ambas as instituições se fortalecem e colaboram para o amadurecimento comercial das cadeias produtivas.  

 “O convênio setorial com a ABPA permite que façamos ações em diversos continentes, em prol da promoção internacional do setor de proteína animal. Além de termos a oportunidade de gerar maior reconhecimento da qualidade e sanidade dos produtos, bem como da responsabilidade de segurança alimentar que o Brasil possui com o mundo. Ademais, o convênio tem permitido a realização de uma série de ações de marketing e relações públicas, o que só fortalece a imagem internacional do nosso País e a valorização do nosso potencial produtivo”, ressalta o gerente de Agronegócios da ApexBrasil, Marcio Rodrigues. 

Fonte: Apex Brasil

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