Rentabilidade na suinocultura brasileira vai depender do recuo nos custos de produção, aponta Itaú BBA
De acordo com reporte do banco Itaú BBA, se os preços da carne suína já vinham enfrentando dificuldade em se sustentar mesmo com a carne barata relativamente às concorrentes (frango e bovina) a, possibilidade de altas agora ficou mais distante com o recuo no preço do dianteiro bovino, provocado pelo embargo da China às exportações da carne bovina brasileira.
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Sendo assim, a recuperação das margens da suinocultura fica cada vez mais dependente de novas quedas dos custos da ração, composta majoritariamente por milho e farelo de soja, atualmente em patamares altos. Soma-se a isso o período pós-festas, em que a demanda interna se enfraquece, podendo trazer um cenário ainda mais baixista para o setor.
Os analistas do banco pontuam também para o horizonte da suinocultura brasileira a diminuição das importações de carne suína por parte da China, devido ao cenário de baixos preços da proteína provocado pelo excessod e oferta no gigante asiático.
"Possivelmente, em algum momento mais adiante, os excessivos descartes atuais devem dar lugar a novas demandas de importação, o que favorecerá os países exportadores. Porém antes que isso ocorra, os envios brasileiros podem amenizar, tal qual já ocorre no agregado dos países exportadores para a China, o que desafiará os preços domésticos num contexto da produção brasileira em expansão", informou o relatório.