Com preço do milho elevado, custos de produção de suínos e aves se mantêm em elevação, mostra Embrapa
A Embrapa Suínos e Aves divulgou o Índice de Custos de Produção de Suínos (ICPSuíno) referente a agosto, e os dados mostram alta nos cutos de produção, com destaque para aves que teve o aumento mais expressivo no período. De acordo com o levantamento, em relação a julho, houve aumento de 1,68%, no ICP frango atingindo 407,53.
Conforme explica o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o produtor continua sentindo no bolso os impactos com a nutrição animal, principalmente com a elevação do milho nos últimos meses.
"É um dos aspectos mais importantes. O segundo é o custo de energia elétrica. O frango é um animal muito sensível, então precisa de um equílibro para não haver grandes prejuízos na grande", afirma o especialista.
No caso da suinocultura, o levantamento apontou alta de 0,18% em relação ao mês anterior com o IPC suíno atingindo 407,15. "Em 2021, o grande vilão em relação a custos, tanto para avicultura tanto para suinocultura, se chama nutrição animal. O milho é a principal fonte de energia no mercado. Temos substituto, mas não na disponibilidade que o milho normalmente tem", acrescenta Fernando.
O especialista complementa ainda que a elevação nos custos continuará sendo observada pelo setor até, pelo menos, o final de 2021. "Não é exclusividade da suinocultura, avicultura ou da pecuária, é uma questão que envolve todas as cadeias produtivas, que é uma consequência da inflação, não tem muito como escapar disso. A importação de milho é uma necessidade nesse momento, mas é uma operação cara e isso é custo", finaliza.