Frango vai na contramão das carnes bovina e suína e registra altas em julho e agosto

Publicado em 11/08/2021 15:11 e atualizado em 11/08/2021 16:41
De acordo com pesquisadora do Cepea, preços alcançados pela proteína de frango são recordes nominais
Juliana Ferraz - Pesquisadora Cepea

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Entrevista com Juliana Ferraz - Pesquisadora Cepea sobre o Mercado do Frango

O mercado da carne de frango segue na contramão das principais concorrentes, a bovina e a suína, registrando altas consecutivas nos últimos meses, segundo a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Juliana Ferraz. Em julho, no comparativo com junho, a ave resfriada obteve alta de 6%, chegando a R$ 7,37/kg, recorde nominal.

Nesta parcial de agosto, até o dia 10, o aumento registrado foi de 7%, alcançando R$ 7,88/kg da ave resfriada, renovando o recorde nominal. "Mesmo com esse movimento de alta, a carne de frango segue mais competitiva, se comparar com o atual preço da carcaça suína (R$ 10,36/kg) e da bovina (R$ 20,07/kg)", explica.

De acordo com a pesquisadora, o movimento de alta pode ser atribuído a quatro fatores principais, como o controle da oferta de produto por parte dos frigoríficos, demanda aquecida, repasse (pouco a pouco) dos custos de produção e bom ritmo de exportações. "Com a perspectiva de retomada das aulas presenciais, é possível que haja manutenção destas altas, já que o frango é muito utilizado na merenda escolar", disse.

Com os aumentos nos preços do produto, Juliana Ferraz pontua que a relação de troca com o milho e o farelo de soja é favorável, apesar das margens apertadas. "Nesta parcial de agosto, enquanto o frango vivo teve alta de 3,3%, o milho subiu 2,5% e o farelo de soja, 1,2%", afirmou.

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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