Carne de frango: total exportado em julho pode ter sido o terceiro maior da história das exportações

Publicado em 09/08/2021 08:25

Os dados da SECEX/ME abrangendo os quatro principais itens exportados pelo setor – frango inteiro, cortes de frango, carne de frango salgada e industrializados de frango – apontam que em julho passado foram embarcadas ao todo 412 mil toneladas do produto, cerca de 7% a mais que o registrado no mês anterior (385,4 mil toneladas em junho/21) e perto de 15,5% acima do alcançado um ano antes (357 mil toneladas em julho de 2020).

Embora os dados da SECEX apontem que tal volume já foi superado em quatro diferente ocasiões, esse pode ter sido, na realidade, o terceiro maior volume de carne de frango já exportado em único mês pelo setor.

Detalhando, há registros acima das 412 mil toneladas em julho de 2015 (perto de 440,5 mil/t), em abril de 2016 (412,7 mil/t) e em julho de 2018 (quase 455 mil/t). Mas esta última exportação é antecedida por, praticamente, a metade desse volume no mês anterior (231,7 mil/t em junho de 2018). Ou seja: tudo índica que em junho/18 ocorreu subcontabilização dos embarques, daí o recorde no mês seguinte. E isso tendo ocorrido, as exportações de julho de 2021 quase correspondem ao segundo maior volume já exportado pelo Brasil, pois muito próximas do total registrado em abril de 2016.

Independente disso, o fato é que, agora, o total acumulado no ano, ao apresentar incremento de 7,39% sobre os mesmos sete meses de 2020 e somar quase 2,6 milhões de toneladas, coloca-se como o maior volume de carne de frango já exportado nesse espaço de tempo, superando um recorde que permanecia imbatível desde 2017, ocasião em que os embarques acumulados entre janeiro e julho somaram 2,456 milhões de toneladas.

No tocante à receita cambial, o novo recorde parecer ter ficado para agosto corrente. Pois, o valor acumulado nos sete primeiros meses de 2021 – US$4,125 bilhões – embora 15% superior ao alcançado entre janeiro e julho do ano passado, ainda se encontra quase meio por cento abaixo do recorde de 2017 – US$4,142 bilhões nos sete primeiros meses do ano.

Observe-se, ainda, que a receita cambial acumulada nos últimos 12 meses – de pouco mais de US$6,5 bilhões – apresenta incremento que não chega a 1% sobre idêntico período anterior. É pouco, sem dúvida, mas esta é a primeira vez, depois de 13 meses consecutivos, que os resultados anualizados voltam a apresentar resultado positivo. Seis meses atrás, por exemplo, a receita acumulada em 12 meses registrava queda de 17% em relação aos mesmos 12 meses anteriores.

Fonte: Avisite

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