Pela média diária, embarques de carne de frango in natura vêm batendo recordes em 2021
Considerados apenas os totais anuais, o maior volume de carne de frango in natura já exportado pelo Brasil ocorreu cinco anos atrás. Em 2016 foram embarcadas pouco mais de 3,961 milhões de toneladas, quantidade que decresceu nos dois anos seguintes – sob o efeito, principalmente, da malfadada Operação Carne Fraca – e só voltou a aumentar em 2019, mas sem, ainda, atingir o recorde de três anos antes.
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No ano passado, com a pandemia afetando toda a logística de transporte, os embarques sofreram ligeiro recuo, ficando cerca de meio por cento a menos que no ano anterior. Com isso, o total de 2020 colocou-se em quarto lugar nos últimos cinco anos, sendo inferior aos de 2016, 2017 e 2019.
Porém, esse posicionamento se altera ao analisar-se as exportações de carne de frango in natura sob o ângulo dos embarques médios diários, ou seja, os correspondentes aos dias úteis de cada exercício. Pois, sob esse aspecto, o maior volume já exportado foi registrado justamente no desafiante (devido à pandemia) 2020. Então, foram embarcadas (gráfico abaixo) 16.983 toneladas diárias do produto in natura, volume em torno de meio por cento superior às médias diárias de 2016, 2017 e 2019.
Mesmo faltando ainda cinco meses para o encerramento de 2021, parece estar claro que esse recorde será rompido novamente no corrente exercício. E não somente no tocante aos embarques diários, mas também no total atual. Pois, nos sete primeiros meses do ano (145 dias úteis) foram embarcadas, em média, quase 17 mil toneladas diárias de carne de frango in natura.
Mantida essa média nos 106 dias úteis faltantes de 2021, o total de carne de frango exportado no ano chegará aos 4,260 milhões de toneladas – considerado somente o produto in natura – aumentando cerca de 7% em relação aos pouco mais de 3,980 milhões de toneladas de 2020.