Greve de avicultores da BRF em Lucas do Rio Verde (MT) chega ao fim

Publicado em 18/06/2021 11:55 e atualizado em 18/06/2021 12:31
Após reunião entre produtores e empresa, foi feito acordo de reajuste nos preços pagos aos avicultores e alojamentos serão retomados na próxima semana

A paralisação de cerca de 70% dos avicultores integrados à BRF de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, chega ao fim nesta sexta-feira (18). Segundo informações do diretor executivo da Associação dos Produtores de Proteína Animal (Appa), Pablo Artifon, na manhã de hoje houve reunião entre os produtores e a empresa, formando acordo de reajuste positivo nos preços pagos aos avicultores. A Assessoria de imprensa da companhia foi questionada sobre um posicionamento a respeito do caso, mas até o momento, não há nenhum comunicado.

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O movimento de greve foi iniciado na segunda-feira (14), unindo cerca de 480 de 700 aviários integrados à companhia. No total, são alojadas por todos os aviários 450 mil aves/dia. 

Artifon afirma que a greve se deu pela falta de acordo com a BRF em estabelecer reajustes positivos que façam com que os avicultores tenham renda semelhante à proporção de rentabilidade do início de 2020.

Na reunião entre as partes nesta sexta-feira (18), foi feito um acordo de reajuste nos preços, e os alojamentos retomarão o ritmo normal a partir de segunda-feira (21), de acordo com o diretor executivo da APPA.

"Conquistamos não só o aumento de 8% a 11% do preço do frango, mas também fcom que a BRF aplicasse e pagasse essa diferença na renda padrão de todos os lotes abatidos desde 1º de janeiro", disse Artifon. 

Ele explica ainda que os novos preços serão aplicados a partir de 1º de julho, e o retroativo vai computar todos os lotes abatidos no primeiro semestre de 2021 em cada uma das modalidades com a diferença de renda padrão entre delas.

"Na quarta-feira (23) às 13h30, a gente vai sentar com a BRF para definir e tornar claro e transparente esse racional de qual é a diferença de valor de cada um dos lotes. Não é simples como parece, não é só colocar o aumento do preço. O contrato e a formação de renda de cada lote tem ajustes que precisam ser contemplados", afirmou Artifon. 

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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