Desempenho do frango (vivo e abatido) na 19ª semana de 2021, segunda de maio
Em março passado, nesta mesma época, ao analisar o comportamento de mercado do frango abatido nos meses mais recentes, o AviSite observou que o período vinha se dividindo em três fases. Ou três decêndios: o primeiro, de alta nas cotações; o segundo, de estabilidade; e o terceiro, de refluxo nos preços.
Maio corrente, porém, vem registrando apenas dois desses ciclos. Pois, mal iniciado o segundo decêndio (dia 11), os preços registrados iniciaram processo de descenso, fazendo com que a semana fosse encerrada (sexta-feira, 14) com um valor quase 2% inferior ao do mesmo dia da semana anterior. Com isso, a cotação registrada no encerramento da primeira quinzena superou em apenas 0,8% a do último dia de negócios de abril.
De toda forma, a média registrada na primeira metade de maio – R$6,37/kg – foi bem melhor que a média do mês de abril, pois o ganho do período apresentou variação, positiva, de 9,5%. Já em relação a maio de 2020, o incremento ficou – por razões de todos conhecidas – em 85,84%, índice que (conforme se comporte o mercado nos próximos dias) pode aumentar ainda mais na próxima semana, já que, com a paralisação da maioria das atividades há um ano, na última semana de maio de 2020 a cotação do frango abatido retrocedeu a um dos mais baixos níveis da década.
Por ora, as baixas do abatido não afetaram o frango vivo, que permanece com o preço estável desde 5 de maio. Isto é indicativo de que a disponibilidade do produto no mercado independente continua restrita, o que é bastante natural. Afinal, com os altos custos atuais, não são muitos os que se dispõem a investir na produção sem a certeza de que, ao final, obterão algum ganho.
Sob tais circunstâncias, o que parece prevalecer no momento são apenas os lotes com retirada programada, o que não impede que ocorram ofertas extemporâneas, sujeitas a valores inferiores à cotação prevalente.
Aos preços dominantes, o frango vivo completa a primeira quinzena de maio negociado por R$5,28/kg e, com isso, supera em 10,55% e 76,11% os valores médios registrados em, respectivamente, abril passado e maio de 2020.
Notar que, pelas médias, o frango abatido completa a quinzena com um adicional de quase 21% sobre a ave viva. Um ano atrás, nesta mesma ocasião, essa diferença não passava de 14%.