Comparativo de preços, na granja, entre o frango vivo e o ovo nos últimos 12 meses

Publicado em 06/05/2021 08:23

Um ano atrás, neste mesmo mês, o ovo começava a enfrentar forte desaceleração de preços, após ter alcançado – com a reação do mercado às primeiras medidas antipandemia – os melhores resultados de todos os tempos.

Porém, mesmo com a desaceleração, o ovo mantinha, então, praticamente o mesmo valor do frango vivo, à época em início de recuperação. Ou, mais exatamente, R$3,25/kg e R$3,22/dúzia (valor da caixa de 30 dúzias convertido).

Um ano depois, a situação é bem diferente, pois, excetuado breve retrocesso no bimestre dezembro/20-janeiro/21, a recuperação de preços do frango vivo tem sido contínua. E, considerado o valor médio registrado nestes primeiros dias de maio (R$5,23/kg), acumula em 12 meses incremento de pouco mais de 60% - média de 4% ao mês.

O ovo, cuja perda de preço se estendeu por outros quatro meses além de maio, também obteve alguma recuperação – a ponto de, nos últimos quatro meses, vir alcançando remuneração superior à registrada no recorde de 2020. Mas essa recuperação é bem mais modesta que a do frango vivo, pois, aos preços registrados neste início de maio (R$3,47/kg), a valorização em 12 meses não chega a 8% - média pouco superior a meio por cento ao mês.

Como não se pode concluir, a partir desses dados, que a situação atual do ovo é pior que a do frango (pois as bases, um ano atrás, eram absolutamente anormais), talvez seja interessante avaliar como evoluíram os preços dos dois produtos frente à sua principal matéria-prima, o milho.

Neste caso, partindo-se dos valores médios registrados no ano de 2019, constata-se que ovo e frango tiveram evolução de preços muito similar, ou seja, de 57% e 60%, respectivamente, enquanto o milho encareceu 150%.

Resumo da história: tanto frango como ovo continuam perdendo; pior, permanecem a uma distância cada vez maior de sua principal matéria-prima.

Fonte: AviSite

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