Suinocultura independente: preços sobem na maioria das praças produtoras e custos de produção ainda pressionam margens

Publicado em 22/04/2021 18:41 e atualizado em 22/04/2021 21:19
Exportações de carne suína em bom ritmo também contribuem para o movimento de alta para os preços do animal vivo

Continuando em uma sequência de altas desde o início de abril, nesta quinta-feira (22), quando a sprincipais bolsas de suínos negociam os animais no mercado independente, houve alta nos preços na maioria das praças. Apesar da melhora nos valore spagos aos produtores, os custos de produção ainda pressionam as magens de lucro ou deixam o suinocultor no prejuízo.

Em São Paulo, de acordo com o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, o valor do suíno vivo passou de R$ 8,27/kg vivo para R$ 8,53/kg vivo nesta quinta-feira (22).

"O que pesou mais nesta alta de preço foi o custo de produção. Os atacadistas e varejistas terão de assimilar estes reajustes. Esta semana o aumento ainda foi mais moderado justamente para dar tempo para que os frigoríficos se adequem à nova tabela', disse Ferreira.

Em Minas Gerais, o preço baixou de R$ 8,20/kg vivo para R$ 8,00. O consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais, Alvimar Jalles, explica que na semana passada não houve acordo entre frigoríficos e produtores, com o suinocultor pedindo R$ 8,40/kg e os frigoríficos, R$ 7,70. 

"O mercado, então, praticou R$ 8,00/kg vivo. Esse valor está alinhado com os fundamentos do mercado de Minas: estoque disponível de animais, segunda-quinzena, estabilidade das vendas. Quando há acordo, há consenso", apontou.

Nesta quinta-feira, o mercdo de Santa Catarina regirtrou alta, saindo de R$ 7,74/kg vivo para R$ 8,08/kg vivo. O presidente da Associação Catarinense de Criaadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, 

"Houve uma reação devido a procura maior, e os animais estão em peso normal, até um pouco mais leves, e não tem tanta oferta. O afrouxamento das medidas de restrição de circulação de alguns municípios também ajudou a melhorar o consumo", explicou Lorenzi. 

Considerando a média semanal ((entre os dias 15/04/2021 a 22/04/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 7,64%, fechando a semana em R$ 6,88.

"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 7,38", informou o relatório do Lapesui.

O mercado gaúcho traz o levantamento de preços do suíno independente Às sextas-feiras, e também registrou aumento na última (16/04), passando de R$ 6,81/kg vivo para R$ 7,39/kg vivo.

Segundo o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, o preço reagiu bem na última semana, inclusive como reflexo das altas registradas nos outros Estados. "Nesta sexta-feira (2) não sei se haverá força suficiente para afzer os preços subirem de novo, mas acreditamos que haverá, no mínimo, uma manutenção", disse.

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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