Desempenho do frango (vivo e abatido) na 12ª semana de 2021, quarta de março
Embora continuassem ocorrendo de forma lenta, como na semana anterior, as quedas de preço do frango abatido na quarta semana de março, 12ª de 2021, foram praticamente contínuas. E isso fez com que o período fosse encerrado com um valor inferior ao da abertura do mês, o que não é muito comum.
De toda forma, sem contar ainda as baixas que podem ocorrer nestes três últimos dias de março, o frango abatido vai chegando ao final do período de Quaresma com uma cotação não mais que 1% inferior à do início desse período religioso. E isto também não é muito comum, pois, normalmente, a desvalorização da carne de frango e das demais carnes no decorrer da Quaresma tem sido bem maior.
Em suma, esta foi uma Quaresma diferente. Mas não por conta da pandemia e, sim, graças à valorização (de origem externa) obtida pelo boi e que encontrou no mercado interno um consumidor cuja capacidade aquisitiva se encontra visivelmente deprimida. A competitividade apresentada pela carne de frango proporcionou a esta desvalorização mínima nesse período.
A preocupação agora é com que vem sendo chamado de “pausa sanitária”, um pseudo-lockdown que em alguns casos deve durar mais de 10 dias, adentrando o mês de abril. Ou seja: ainda que não parem, todas as atividades serão reduzidas ao mínimo. E a questão levantada é: como se comportará a logística de abastecimento e o consumo de alimentos nesse “feriadão”?
Quanto ao frango vivo, permanece com a cotação inalterada desde 8 de março, aparentemente alheio ao enfraquecimento do mercado do abatido. E tal comportamento sugere, de um lado, que mesmo enfrentando baixas com o produto final, as integrações não vêm desovando produto no mercado de aves vivas; e, de outro lado, que a oferta de aves vivas por parte de produtores independentes continua ajustada à demanda.
Dessa forma, enquanto o frango abatido vai caminhando para o final de março com um ganho mínimo em relação a fevereiro (valorização que não chega a 1%), o frango vivo alcança, até aqui, valor quase 5% superior ao do mês anterior. Tende a manter a atual cotação no decorrer desta Semana Santa, a despeito de ser este, normalmente, o período de menor consumo de carnes do ano.