Peso médio recua e produção de carne de frango de 2020 cresce menos que o número de cabeças abatidas

Publicado em 19/03/2021 08:46

Tradicionalmente, na avicultura de corte, como reflexo do melhoramento genético, o volume de carne de frango apresenta evolução proporcionalmente maior que o de cabeças abatidas. Mas em 2020 não foi assim. Não porque tenha caído o rendimento das aves em criação, mas porque a explosão dos custos e o comportamento do mercado (pandemia) impuseram a produção de aves mais leves.

De acordo com o IBGE – cujos levantamentos abrangem apenas os estabelecimentos de abate sob inspeção federal, estadual ou municipal – em 2020 foram abatidas perto de seis bilhões de cabeças de frango, volume 3,29% superior ao registrado no ano anterior.

Fossem outras as condições, o incremento na produção de carne teria alcançado o mesmo índice de evolução ou teria sido superior. Mas o levantamento mostra que a expansão, aqui, foi de apenas 1,84%, resultado que correspondeu à produção anual, sob inspeção, de pouco mais de 13,765 milhões de toneladas de carne de frango.

Notar, neste caso, que os efeitos negativos maiores da pandemia se concentraram no primeiro semestre: frente a um aumento de mais de 2% no número de cabeças abatidas, a carne delas decorrente aumentou somente meio por cento. Já no segundo semestre o rendimento foi ligeiramente maior e, para um aumento de 4,22% no número de cabeças abatidas, o volume de carne aumentou mais de 3%.

Notar, de toda forma, que os custos influenciaram muito mais a produção do que a pandemia. Tanto que, mesmo antes dos primeiros isolamentos sociais (ou seja, em janeiro e fevereiro), o peso médio já vinha em redução. E, no decorrer de todo o exercício, houve apenas uma exceção, em novembro, decorrente, provavelmente, da produção de aves especiais para o Natal.

Fonte: AviSite

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