União Europeia: maiores produtores de carne de frango e tendências para 2030
Dados da Comissão Europeia (CE) apontam que os (agora) 27 países componentes do bloco produziram em 2019 cerca de 13,429 milhões de toneladas de carne de frango, pouco mais que a produção brasileira daquele ano (13,245 milhões de toneladas, conforme a ABPA).
Distribuído entre os 27 integrantes da UE, esse volume corresponde a uma produção média de, aproximadamente, 500 mil toneladas/ano por país. Mas, na realidade, esse volume é bem inferior, porque apenas seis países detêm quase três quartos da produção total. E o saldo, dividido entre os 21 países remanescentes, corresponde a um volume médio inferior a 170 mil toneladas anuais – menos de 15 mil toneladas mensais.
Cerca de um quinto da produção europeia de carne de frango tem como origem a Polônia, que lidera o ranking com pouco mais de 19% do volume total. Na sequência, com volumes muito próximos entre si vêm Espanha, França e Alemanha, cada um com produção que representa 12%-13% do total. Por fim, completando o grupo dos seis maiores produtores, se encontram Itália (10%) e Holanda (8%).
Segundo a CE, em 2020, com a pandemia de Covid-19, a de frango foi a única carne a registrar aumento de produção no bloco. E isso deve persistir até 2030, ainda que venha a ocorrer recuperação na produção da carne suína, ainda afetada por surtos de PSA.
O previsto é chegar ao final da corrente década produzindo cerca de 14,1 milhões de toneladas de carne de frango, volume que corresponde a um crescimento muito modesto em relação à produção de 2020 (perto de 13,5 milhões de toneladas): incremento inferior a meio por cento ao ano e de 4,6% em uma década).
No tocante ao consumo interno, a CE observa que o de carne de frango vem crescendo de forma consistente nos últimos anos, pois o consumidor tem compreendido que é uma carne saudável. E os vários lockdowns impostos pela Covid-19 no ano passado apenas reforçaram essa tendência, dada a acessibilidade e a conveniência do alimento no preparo doméstico.
Ainda assim, a carne de frango continuará sendo a segunda carne dos europeus. O previsto para 2030 é um consumo per capita da ordem de 24,6 kg, cerca de 1,2 kg a mais que em 2030. Já o consumo de carne suína deve retroceder 1,4 kg em relação a 2020. Mas isso significa passar de 33,4 kg no ano passado para 32 kg per capita no final desta década.