Início de março traz novas quedas para o mercado da suinocultura independente

Publicado em 04/03/2021 16:16
O Paraná foi a exceção das principais praças produtoras, registrando leve alta

Apesar da virada do mês, os preços na suinocultura independente seguiram com as quedas registradas no fonal de fevereiro. As proncipais lideranças do setor apontam para a incerteza econômica, que faz com que os frigoríficos fiquem retraídos no momento das compras.

Nesta quinta-feira (4), pela sétima semana consecutiva, a bolsa de suínos de São Paulo não chegou a um acordo entre produtores e frigoríficos. De acordo com informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), se na semana passada os suinocultores solicitavam R$ 8,00/kg vivo, mesmo baixando a proposta para R$ 7,43//kg vivo não houve consenso. 

A negociação em Minas Gerais nesta quinta-feira (4) também teve queda nos preços, apssando de R$ 7,60/kg vivo para R$ 7,00/kg vivo. Segundo informações da Associação de Suinocultores de Minas Gerais (Asemg), o cenário não combina com o fluxo de exportações de carne suína, nem com a movimentação nas granjas mineiras. 

Santa Catarina, que também comercializa os animais no mercado independente às quintas-feiras, confirmou queda nos preços, saindo de R$ 7,91/kg vivo para R$ 7,68/kg vivo. O presidente da Associação de Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, explica que há uma instabilidade no mercado devido às medidas de restrição de circulação e abertura de comércio.

"Além disso, no ano passado, pelo bom momento na suinocultura, as novas matrizes implantadas estão gerando aumento de produção agora, e isso se soma à questão tradicional da sazonalidade do primeiro trimestre ser ruim de vendas", disse.

Considerando a média semanal ((entre os dias 25/02/2021 a 03/03/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 0,39%, fechando a semana em R$ 7,60.

"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente estabilidade, podendo ser cotado a R$ 7,61", informou o relatório do Lapesui.

Houve queda também no Rio Grande do Sul, onde as negociações são realizadas à sextas-feiras. O preço passou de R$ 7,54/kg vivo no dia 19/02 para R$ 7,40/kg vivo em 26/02. O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, aponta a instabilidade no mercado interno que dificulta a colocação de mercadorias na ponta consumidora. 

"A sinalização para esta sexta-feira (05/03) é de que haja nova queda. Torcemos para que o Auxílio Emergencial volte a ser concedido para melhora ro consumo", afirmou. 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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