Início de março traz novas quedas para o mercado da suinocultura independente
Apesar da virada do mês, os preços na suinocultura independente seguiram com as quedas registradas no fonal de fevereiro. As proncipais lideranças do setor apontam para a incerteza econômica, que faz com que os frigoríficos fiquem retraídos no momento das compras.
Nesta quinta-feira (4), pela sétima semana consecutiva, a bolsa de suínos de São Paulo não chegou a um acordo entre produtores e frigoríficos. De acordo com informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), se na semana passada os suinocultores solicitavam R$ 8,00/kg vivo, mesmo baixando a proposta para R$ 7,43//kg vivo não houve consenso.
A negociação em Minas Gerais nesta quinta-feira (4) também teve queda nos preços, apssando de R$ 7,60/kg vivo para R$ 7,00/kg vivo. Segundo informações da Associação de Suinocultores de Minas Gerais (Asemg), o cenário não combina com o fluxo de exportações de carne suína, nem com a movimentação nas granjas mineiras.
Santa Catarina, que também comercializa os animais no mercado independente às quintas-feiras, confirmou queda nos preços, saindo de R$ 7,91/kg vivo para R$ 7,68/kg vivo. O presidente da Associação de Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, explica que há uma instabilidade no mercado devido às medidas de restrição de circulação e abertura de comércio.
"Além disso, no ano passado, pelo bom momento na suinocultura, as novas matrizes implantadas estão gerando aumento de produção agora, e isso se soma à questão tradicional da sazonalidade do primeiro trimestre ser ruim de vendas", disse.
Considerando a média semanal ((entre os dias 25/02/2021 a 03/03/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 0,39%, fechando a semana em R$ 7,60.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente estabilidade, podendo ser cotado a R$ 7,61", informou o relatório do Lapesui.
Houve queda também no Rio Grande do Sul, onde as negociações são realizadas à sextas-feiras. O preço passou de R$ 7,54/kg vivo no dia 19/02 para R$ 7,40/kg vivo em 26/02. O presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, aponta a instabilidade no mercado interno que dificulta a colocação de mercadorias na ponta consumidora.
"A sinalização para esta sexta-feira (05/03) é de que haja nova queda. Torcemos para que o Auxílio Emergencial volte a ser concedido para melhora ro consumo", afirmou.