Copacol atinge a marca de 2 bilhões de aves abatidas
Com a missão de desenvolver ações de cooperação do agronegócio, buscando a excelência dos produtos e serviços, a Copacol (Cooperativa Agroindustrial Consolata) atingiu uma marca histórica em uma de suas mais importantes atividades: 2 bilhões de aves abatidas na primeira Unidade Industrial, em Cafelândia, Oeste do Paraná.
O volume acumulado em praticamente 39 anos do início das operações da estrutura industrial demonstra o crescimento contínuo da avicultura na Cooperativa, que hoje representa 60,29% da participação do faturamento bruto, e ano passado totalizou R$ 5,6 bilhões. Com 6,2 mil cooperados em diversas atividades, 788 são avicultores, que mantém em pleno funcionamento 1.258 aviários.
Considerada uma das proteínas mais ricas, a carne de frango tem grande preferência dos brasileiros, que consomem em média 43 quilos do produto ao ano, conforme a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Com o total produzido na Unidade Industrial de Cafelândia desde a inauguração em 1982, que equivale a 5 milhões de toneladas de carne de frango in natura, seria possível atender a 55% da demanda nacional durante um ano.
De 1982 a 1991, foram 84.479.288 aves abatidas; de 1992 a 2001 foram 314.874.191; de 2002 a 2011 foram 707.590.782 e de 2012 a 2021 foram 892.778.069 – chegando a marca comemorada pela Cooperativa.
O lote de aves dessa marca histórica veio da propriedade do seu Orisvaldo Cadamuro, que é de Formosa do Oeste. O pai dele, Bento Cadamuro, iniciou a avicultura no sítio da família, em 1982. Hoje são três aviários, que ele cuida com a ajuda da esposa e do filho. “Construímos aviários novos e temos 90 mil aves alojadas agora. Lutamos bastante e temos bons resultados graças a assistência técnica e a Copacol”.
OPORTUNIDADES
Além de intensa produtividade para alimentar o Brasil e mais de 70 países ao redor do mundo, a Unidade Industrial garante emprego e renda diretamente para 4.137 colaboradores. Antônio Patrocínio, 52, está na Cooperativa há 35 anos e acompanhou todo o desenvolvimento da avicultura ao longo das décadas. Da pendura viva de aves, ele passou a supervisor de produção. A contratação foi a oportunidade de mudança de vida. “Só tinha a lavoura para trabalhar. A Cooperativa criou chances para gente ir mais longe. Em dois anos já fui promovido, trabalhando em setores diferentes, o que me proporcionou conhecer um pouco de tudo”.
Antonio acompanhou o começo das operações em um turno, a implantação do segundo turno em 1987 e agora participa da revitalização de toda a estrutura. “Como já atuei em todos os setores estou colaborando com os projetos. Isso tudo é como se fosse meu. Trabalho com dedicação, ajudando a Cooperativa a crescer”, declara Antônio.
REVITALIZAÇÃO
A Unidade Industrial de Cafelândia vem passando por uma ampla modernização. A primeira fase finalizada em setembro do ano passado custou R$ 70 milhões, visando aumento da produção e bem-estar dos colaboradores. O novo espaço nas linhas de inspeção e cortes priorizou a ergonomia e a segurança dos colaboradores, facilitando a higienização do ambiente. Além de nova iluminação, o sistema de ventilação passou a contar com insuflação de ar frio e exaustão de ar quente. “Durante esses anos de avicultura a Unidade Industrial cresceu e buscou se adequar as exigências do Ministério da Agricultura. Em 2021 chegamos aos 39 anos focando em bem-estar e segurança dos colaboradores. Evoluímos muito para aumentar nossa produtividade e dar melhores condições ergonômicas aos colaboradores”, afirma o gerente da Unidade Industrial de Aves, Tomaz Kimura Júnior.
Ainda estão previstas modificações das áreas da sala de cortes, dos processados e do congelamento, com previsão orçamentária de R$ 170 milhões.
PIONEIRA EM AVICULTURA
A Copacol foi a primeira cooperativa a implantar o sistema integrado de avicultura no oeste paranaense. A atividade veio como uma oportunidade para a diversificação, após uma estiagem intensa que afetou 70% da produção de grãos na região em 1978. O funcionamento da unidade industrial que agora chega a marca de 2 bilhões de aves abatidas começou em 5 de maio de 1982. Os primeiros aviários comportavam entre 5 mil e 12,5 mil aves. O abate diário na fase inicial era de 6 mil aves (totalizando 2,1 milhões no ano) – hoje são 320 mil (total de 96,6 milhões ao ano). “A atividade trouxe oportunidade ao cooperado, gerou emprego e renda, proporcionando riquezas para toda a região. Tivemos o crescimento da Cooperativa para entrada de mais cooperados, com a diversificação e verticalização da produção, o que proporcionou melhores condições de vida para todas as cidades ao redor”, enaltece o diretor presidente, Valter Pitol, que participou de todo o processo de implantação da indústria, como um dos primeiros engenheiros agrônomos da Cooperativa.
A evolução de toda a atividade começa no campo, onde os cooperados contam com melhoramento genético e manejo moderno. Os investimentos garantem ao avicultor excelentes resultados, tanto que neste ano um novo recorde de valor pago por ave foi atingido na Cooperativa.
Ari Diefenthaeler, de Cafelândia, recebeu R$ 1,6733 por cabeça, maior valor já pago na Copacol. O peso de cada ave ficou em 3.459 gramas, ganho de peso diário de 75,20 gramas, conversão alimentar de 1,688, totalizando um IEP (Índice de Eficiência Produtiva) de 416 pontos. “Na avicultura tem que se empenhar e se dedicar. Para dar resultado bom todos que fazer sua parte: de um lado a Cooperativa nos dá todo auxílio, e de outro na propriedade temos nosso compromisso”, afirma o cooperado da Copacol.