Gripe aviária H5N8: carne de aves continua segura para o consumo, aponta ABPA

Publicado em 24/02/2021 08:50

Na esteira das notícias de que sete trabalhadores em uma granja avícola na Rússia são os primeiros humanos a serem infectados com a cepa H5N8 da gripe aviária, o Conselho Internacional de Aves (IPC, sigla em inglês) acredita que é importante garantir aos consumidores que a carne de aves é segura para comer.

Leia Mais:

+ Rússia relata primeiros casos de gripe aviária H5N8 em humanos

A gripe aviária é uma doença zoonótica potencial conhecida e existem medidas estabelecidas internacionalmente que garantem a segurança alimentar e o manuseio e cozimento adequados das aves, bem como a segurança do trabalhador e a biossegurança. Além disso, as aves doentes não devem entrar no abastecimento alimentar.

Na Rússia, as autoridades responderam prontamente ao incidente, implementando medidas para proteger humanos e animais e para minimizar os riscos, garantindo que a situação não progredisse. Todas as sete pessoas afetadas estão com boa saúde e o curso clínico da doença foi muito brando, confirmaram as autoridades. O chefe do Serviço Federal de Vigilância dos Direitos do Consumidor e do Bem-estar Humano russo também afirmou que a OMS (Organização Mundial da Saúde) foi notificada, de acordo com o protocolo normal.

Com base no conhecimento científico da gripe aviária, o frango e outros produtos avícolas são seguros para comer se cozidos de maneira adequada, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Nenhuma ave de bandos com a doença deve entrar na cadeia alimentar, observam eles, e os consumidores podem permanecer confiantes na segurança da carne de aves e nos esforços da indústria avícola para garantir a segurança e a proteção de seus clientes.

A indústria avícola, em coordenação com as autoridades governamentais, monitora continuamente e busca identificar precocemente os riscos da gripe aviária. Esses riscos são em parte devido à exposição a animais selvagens com vírus positivo. Como neste caso, ações imediatas são tomadas para identificar as cepas específicas. Esses esforços contínuos controlam a propagação da doença. Além disso, as medidas de biossegurança implementadas pela indústria minimizam o risco de transmissão da doença.

Além disso, a literatura científica mostra de forma inequívoca que a gripe aviária não é um problema de segurança alimentar. A carne de frango é nutritiva e segura; os consumidores devem apenas cozinhar e preparar adequadamente, seguindo as regras normais de higiene.

Em raras situações, indivíduos que têm contato frequente e prolongado com espécies avícolas – principalmente pessoas que trabalham no setor – foram infectados com o vírus da influenza aviária, como ocorreu neste caso. Esta infecção acidental é autolimitada porque a pessoa infectada provavelmente não transmitirá o vírus a outra pessoa.

Os governos e a indústria monitoram especificamente a potencial transferência da gripe aviária para os humanos e agem de acordo para eliminar esses riscos. E, como observado aqui, o vírus não pode ser transferido de um ser humano para outro. Os consumidores podem, portanto, ter certeza de que aves devidamente cozidas são seguras para o consumo.

Fonte: ABPA

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de SC emite Nota Técnica com recomendações para reforçar medidas de biosseguridade em granjas avícolas
Mapa descarta casos suspeitos de doença de Newcastle na zona de proteção estabelecida no RS
Ovos/Cepea: Cotações são as menores desde janeiro deste ano
Marfrig diz que uma de suas subsidiárias no RS "pode ter sido afetada" por possível foco de Newcastle
Frango: ABPA e ASGAV afirmam que impacto da Newcastle deve ser limitado e aguardam rápida retomada do comércio
Foco da Newcastle no RS não impacta na segurança do consumo de carne de frango e ovos