Na década, Brasil e EUA perderam espaço nas exportações mundiais de carne de frango
De 2010 para 2020 as exportações mundiais de carne de frango aumentaram mais de um terço, passando de 8,9 milhões de toneladas para 11,9 milhões de toneladas, segundo levantamentos do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Pois as exportações somadas dos dois principais players mundiais nessa área – Brasil e EUA – aumentaram pouco mais de 10%, o que significa que sua participação no bolo foi significativamente reduzida.
Juntos, em 2010, os dois países respondiam por 73,5% das exportações mundiais de carne de frango. Mas em 2020 essa participação foi inferior a 61%, resultado que significou queda de mais de 17% nesta última década.
Porém, focando apenas nas exportações conjuntas de Brasil e EUA, constata-se que elas voltaram a ter, praticamente, a mesma relação observada entre o final da década retrasada e o início da década passada.
Detalhando, em 2010 e 2011, a participação brasileira no total exportado pelos dois países foi de pouco mais de 53%, enquanto a participação norte-americana ficou próxima de 47%.
Embora tenha recuado, nos três anos seguintes a participação brasileira manteve-se relativamente estável, em torno dos 52%. Foi então (final de 2014) que os EUA viram-se envolvidos em vários surtos de Influenza Aviária. Isso favoreceu as exportações brasileiras que, em 2015, corresponderam a 57,5% do total exportado por ambos os países.
Mas essa conquista acabou sendo efêmera, pois na segunda metade da década a participação brasileira voltou a recuar. O período foi encerrado com um incremento de participação de apenas 1,8% em relação ao que foi registrado em 2010.