Frango: exportações tiveram queda até o momento em fevereiro, mas setor sofreu menos que as proteínas concorrentes
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Camex) do Governo Federal, divulgadas nesta quarta-feira (17) os resultados das exportações de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas nos primeiros dez dias úteis de fevereiro recuou em relação ao mesmo mês do ano passado e à semana anterior, mas menos que as proteínas concorrentes.
Conforme explica o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as exportações de carne de frango brasileiras têm menos dependência do mercado chinês, aidna que este abocanhe uma fatia de 17% do total embarcado pelo Brasil.
"Isso significa que, mesmo a China estando mais ausente do mercado por conta do feriadão do Ano Novo Lunar, nós temos outros países que seguem atuantes como, por exemplo, Japão e países do Oriente Médio. Inclusive, é preciso observar de perto como será a recuperação econômica destes parceiros comerciais que podem fomentar mais as exportações do frango brasileiro", disse.
O faturamento por média diária foi de US$ 24.790,1048, quantia 12,86% menor do que fevereiro do ano passado. Em comparação à semana anterior, houve recuo de 7,6%.
No caso das toneladas por média diária, foram 16.978,877, redução de 6,70% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Quando comparado ao resultado para o quesito na semana anterior, observa-se uma queda de 5,2%.
Já o preço pago por tonelada, US$ 1.460,055, foi 6,60% inferior ao praticado em fevereiro do ano passado. Em relação ao valor registrado na semana anterior, houve baixa de 2,4%.
A receita obtida com as exportações de carne de frango até a segunda semana de fevereiro, US$ 247.901,048, representam 48,5% do total obtido em todo o mês de fevereiro de 2020, que foi de US$ 512.061,862. No caso do volume embarcado, as 169.788,773 toneladas são 51,8% do total exportado em fevereiro do ano passado, que foi 327.569,117.