Embora auspiciosa em 2021, exportação de carne de frango inicia ano com resultados tímidos
Os últimos números da SECEX/ME, ainda preliminares, dão conta de que em janeiro passado os quatro principais itens de carne de frango exportados pelo Brasil (frango inteiro, cortes de frango, industrializados de frango e carne de frango salgada) somaram 282,8 mil toneladas e geraram receita cambial de, aproximadamente, US$424 milhões.
Tais resultados, comparados ao mesmo mês de 2020, representaram retrocesso de 10,77% no volume e de quase 19% na receita, correspondendo ao menor volume dos últimos dois anos e à menor receita cambial em mais de dois anos e meio.
Embora tímido, tal desempenho não deve ser considerado como uma tendência. É quase típico de todo início de ano (transcorridas as Festas o consumo cai e há, por exemplo, portos paralisados no Hemisfério Norte devido ao Inverno). Além disso, a demanda foi agravada pela segunda onda de Covid-19, que continuou tolhendo o turismo e voltou a obrigar muitos países a recorrerem a novo lockdown.
As perspectivas, no entanto, continuam promissoras. O mundo agora conta com vacinas de prevenção ao vírus pandêmico e isso, ainda de que forma muito lenta, deve trazer o retorno à ansiada “nova normalidade”.
E embora seja motivo de preocupação para todo o setor (e razão para cuidados adicionais), há no mundo desafios sanitários animais que, neste momento, podem favorecer as exportações brasileiras. Mais especificamente, surtos de Influenza Aviária e a continuidade dos casos de Peste Suína Africana, problemas que, ao afetarem diversos países, afetam também suas exportações.
O aumento de preço da carne de frango em janeiro no mercado internacional, mencionado pela FAO – e que beneficiou particularmente o Brasil – aponta nessa direção.