Após amargar quedas bruscas, preço do suíno no mercado independente começa a se recuperar

Publicado em 04/02/2021 15:58 e atualizado em 04/02/2021 16:34
Lideranças apontam certa melhora nos preços da carcaça suína, o que motiva reajustes solicitados pelos produtores aos frigoríficos nas negociações

Após atingirem o pico de preços em meados de novembro do ano passado, o preço do quilo do suíno vivo no mercado independente iniciou movimento de queda vertiginosa perdendo, em média 34% do valor, conforme o analista da Agrinvest, Marcos Araújo. Entretanto, nesta quinta-feira (4), as principais praças produtoras de suínos e que comercializam os animais no mercado independente sinalizaram aumento de preços. 

Em São Paulo, segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, o valor passou de R$ 6,13/kg para R$ 6,93/kg vivo. Não houve acordo entre suinocultores e frigoríficos durante a realização da bolsa, mas ao longo da tarde desta quinta-feira, foram anunciadas vendas no preço de R$ 6,93/kg. 

"O pedido desse valor pelos produtores é baseado em alguns fatores, entre eles uma redução acentuada de animais vivos vindo de outros estados, houve uma melhora nos preços de carcaça, ou seja, o animal abatido, e o mais importante, os produtores precisam retomar o realinhamento de preços o quanto antes para, ao menos, encostar nos custos de produção".

Minas Gerais, que registrava duas semanas de estabilidade em R$ 6,00/kg vivo, nesta quinta-feira viu o preço subir para R$ 6,80/kg. O consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles, explica que "o mercado mineiro se mostrou bastante comprador durante a semana que antecede a Bolsa de quinta-feira. 
Essa forte procura, associada à recuperação dos preços nacionais da carcaça suína possibilitou o reajuste e facilitou o acordo".

Houve alta também em Santa Catarina nesta quinta-feira (4), conforme explica o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi. Ele atribui a melhora de preços no Estado às altas vistas em Minas Gerais e São Paulo, mas também à obstinação dos suinocultores em insistir pelo reajuste.

Considerando a média semanal (entre os dias 28/01/2021 a 03/02/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR)  teve alta de 1,00%, fechando a semana em R$ 6,40.

"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,24", informou o relatório do Lapesui.

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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