Desempenho do frango (vivo e abatido) na 49ª semana de 2020, passagem de novembro para dezembro

Ao contrário de ocasiões anteriores – quando, às vezes até antes da virada do mês, os preços começavam a reagir – o frango abatido atravessou a última semana (passagem de novembro para dezembro, 49ª de 2020) de forma relutante, sem a aguardada valorização.

Isso significa dizer que abriu a semana com, praticamente, os mesmos preços do último decêndio de novembro, obteve leve alta com as reposições iniciais do período e, depois, voltou a acomodar-se, fechando a primeira semana de dezembro com valor praticamente idêntico ao da maior parte de novembro – o que, por sua vez, remete os preços do período para valores registrados nos primeiros dias de outubro.

Em se tratando do que deveria ser o chamado “período áureo” da comercialização do frango abatido, tal comportamento preocupa. Mas talvez seja explicável pela possibilidade de, neste momento, as intenções de compra estarem centralizadas nas aves especiais para as Festas, colocando-se em segundo plano o “frango nosso de cada dia” que, afinal, já não é prato de Festas.

Pode ser, no entanto, que o desempenho observado resulte de uma oferta que supera a atual demanda, neste ano mais restrita que em exercícios anteriores. Neste caso, a pressão sobre os preços tende a se estender também ao frango vivo. Não porque haja, necessariamente, maior oferta no mercado independente, mas porque as integrações – na tentativa de manter preço para o frango abatido – podem redirecionar parte de sua produção para o mercado de aves vivas.

Até agora o frango vivo permanece com a cotação inalterada – R$4,60/kg no interior paulista; R$4,75/kg em Minas Gerais – situação que persiste há quase 30 dias. Mas enquanto em Minas Gerais o mercado continua firme, em São Paulo segue numa calmaria típica de final de mês, não de um período que antecede as principais Festas do ano.