Pintos de corte: produção segue crescente, mas apenas retoma ritmo anterior

Publicado em 05/11/2020 08:13

A análise da evolução da produção mensal de pintos de corte sob o prisma da produção diária (volume total mensal dividido pelo número de dias do mês) abrangendo os últimos cinco anos (setembro de 2015 a setembro de 2020) mostra que nesse período foram experimentados dois tempos distintos e opostos entre si.

Curiosamente, o que separa esses dois tempos foi um movimento (final de maio de 2018) que paralisou o Brasil: a greve dos caminhoneiros. Pela média trimestral móvel, ela levou o volume de junho daquele ano ao menor patamar dos 61 meses analisados.

Mas antes dela, a produção de pintos de corte já vinha em redução. Por razões absolutamente justificáveis: crise de preços e de abastecimento de matérias-primas em 2016, Operação Carne Fraca (com inúmeros desdobramentos) em 2017. E quando o volume produzido dava sinais de recuperação (início de 2018) ocorreu o movimento dos transportadores rodoviários.

O aumento observado a partir do segundo semestre de 2018 foi apenas de recuperação. Tanto que só em março de 2020 se voltou a alcançar o mesmo volume produzido quatro anos antes, por volta de março de 2016. Mas até esse movimento acabou interrompido pelo surgimento da Covid-19.

Felizmente a interrupção foi passageira e, no momento, o setor atinge novo recorde de produção alcançando – pela média trimestral móvel – perto de 19 milhões de pintos de corte diários, perto de 800 mil pintos por hora.

O volume, sem dúvida, surpreende. Mas se encontra apenas 3,5% acima do que foi registrado cinco anos atrás, em setembro de 2015. O que significa, também, que entre uma ponta e outra a produção se expandiu à razão de 0,05% ao mês.

Interessante notar que a produção média entre os dois períodos permanece praticamente a mesma. Assim, exemplificando, nos últimos 27 meses (julho/18 a setembro/20) produziram-se em média 17,588 milhões de pintos de corte por dia, não mais que meio por cento acima dos 17,484 milhões/dia produzidos nos 27 meses decorridos entre setembro de 2015 e novembro de 2017.

Fonte: AviSite

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