Suínocultura vê custos de produção, especialmente com alimentação, aumentar novamente, em setembro
A Embrapa Suínos e Aves divulgou o Índice de Custos de Produção de Suínos (ICPSuíno) nesta quarta-feira (14), e os dados trazem mais um mês de alta para os inventimentos na atividade, principalmente com a nutrição dos animais. Em setembro, o índice ficou em 306,95 pontos, aumento de 6,43% em relação à agosto, alta de 25,70% desde janeiro e de 33,21% nos últimos 12 meses.
Se em junho, no comparativo com maio, o custo com nutrição havia diminuído 0,53%, a partir de julho o custo com a alimentação das aves começou a subir (2,11%). Em agosto, em relação a julho, este setor teve salto para 5,93%, e em setembro, aumentou mais 4,01%.
Desta forma, em setembro, a alimentação passou a representar 78,76% do investimento na suinocultura com esta alta de 4,01%. Desde janeiro, o avanço foi de 21,64%, e em 12 meses, a alta é de 28,77%.
Segundo Losivanio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), a realidade nas granjas foi "assustadora", e reflete os números destacados pela Embrapa.
"O milho chegou a R$ 74,00 a saca de 60kg, e a tonelada do farelo de soja a R$ 2.500,00, e há uma incerteza muito grande de quanto teremos de volume desses insumos disponíveis daqui para frente. Uma hora, os a alta dos preços do suíno vai parar, mas a dos custos de produção, será que vai?", disse.
Houve aumento também no custo de capital, que são atualmente 4,19% do que é gasto na atividade. Em setembro, este item subiu 1,42%; desde janeiro aumentou 1,61%, e nos últimos 12 meses, 1,45%.
Em Santa Catarina, principal Estado produtor de suínos, no comparativo com agosto, o custo de produção na suinocultura aumentou 6,54%, chegando a R$ 5,37/kg do animal. No caso da alimentação dos suínos no Estado, o avanço em setembro foi de 5,22% em relação ao mês anterior, atingindo R$ 4,23/kg.