Mercado brasileiro de suínos deve seguir firme, com boa demanda interna e externa, diz Itaú BBA
Segundo relatório divulgado pelo banco Itaú/BBA sobre as perspectivas para o mercado de suínos no Brasil neste mês de outubro, a perspectiva é de mercado firmecom com forte demanda externa e boas vendas também em âmbito doméstico.
Conforme o documento, depois de passar por movimento sólido de alta desde julho, o animal estabilizou em alto patamar nos últimos dias .O último trimestre, em geral, é favorável ao consumo e aos preços e o auxílio governamental implementado também apoia essa perspectiva.
"Porém alguns agentes estão mais céticos com o curto prazo em função do calor excessivo, que é visto como negativo para o consumo", reportou o banco.
De acordo com a análise da instituição, ainda que os custos de produção aumentem mais do que os altos patamares atuais, principalmente em relação ao farelo de soja, "há bastante espaço nas margens da atividade para suportar eventual situação".
Mesmo com notícias sobre o franco movimento de recomposição dos plantéis suínos na China, a instituição informou que o curto prazo continua bastante promissor sob a ótica das compras chinesas, com cenário de falta de carne suína, estoques baixos e elevadas cotações.
Ainda sobre o mercado externo, os 49 casos de Peste Suína Africana, registrados em javalis selvagens na Alemanha e que fizeram com que países importadores da carne suína suspendessem as compras, podem favorecer o Brasil via maiores envios para a China.
Da mesma forma, a situação também favorece outros países que exportam o produto para o gigante asiático, como Espanha, Holanda, Dinamarca, Canadá e EUA. "Porém, como houve embargo de outros importadores, caso da Coréia do Sul, que o Brasil pouco acessa, o país pode até capturar mais na China caso outros exportadores foquem na demanda sul coreana".