China suspende importação de carne suína de unidade alemã após surto de Covid-19

Publicado em 18/06/2020 18:41

PEQUIM (Reuters) - A China suspendeu importações de carne suína provenientes de uma unidade de processamento que pertence à alemã Toennies, mostraram documentos alfandegários nesta quinta-feira, um dia depois de a empresa relatar um surto de coronavírus entre trabalhadores da fábrica.

A Toennies disse na quarta-feira que paralisou o abate em uma de suas plantas após cerca de 400 funcionários testarem positivo para o vírus.

A Administração Geral de Alfândegas da China atualizou uma lista de frigoríficos aprovados para exportar ao país nesta quinta-feira para indicar que a unidade da Toennies em Rheda Wiedenbrück foi suspensa.

A Toennies não estava imediatamente disponível para comentários.

A China reforçou as inspeções de carnes importadas nesta semana, depois de um novo surto de infecções pelo coronavírus ser relacionado ao enorme mercado atacadista de Xinfadi, em Pequim.

A suspensão das importações provenientes da unidade alemã pode indicar um risco para outros exportadores, incluindo grandes fornecedores da China, como Brasil e Estados Unidos, onde houve registros de surtos da Covid-19 entre trabalhadores de frigoríficos.

"Agora isso parece ser um fator real de risco para os EUA, Brasil ou outros exportadores. Evitar a reincidência da Covid-19 tem prioridade sobre o controle da inflação da carne", disse Darin Friedrichs, analista sênior da INTL FCStone, em nota.

  • Unidade da Toennies em Rheda-Wiedenbrück, Alemanha 10/11/2014 REUTERS/Ina Fassbender

  • Rússia diz se preparar para nova onda de coronavírus no outono

    • Agente de saúde sentado em banco de praça em São Petersburgo 05/06/2020 REUTERS/Anton Vaganov

    MOSCOU (Reuters) - A Rússia disse nesta quinta-feira que está se preparando para uma nova onda da pandemia de coronavírus no outono, depois que autoridades relataram o menor aumento diário de infecções novas desde 1º de maio.

    O país afrouxou rapidamente as medidas de isolamento na última quinzena, já que testemunhou um declínio gradual nas infecções diárias novas em relação ao pico de 11.656 de 11 de maio.

    Nesta quinta-feira, autoridades confirmaram 7.790 casos novos nas últimas 24 horas, o que elevou a contagem nacional a 561.091, além de mais 182 mortes que colocaram o total de óbitos em 7.660.

    Falando durante uma reunião de governo transmitida pela televisão estatal, Anna Popova, a chefe da agência reguladora de saúde do consumidor, disse que espera que o surto continue a recuar durante o atual verão local, mas que a Rússia precisa estar preparada para ele piorar.

    "Os riscos de esta epidemia voltar a crescer e se desenvolver no outono são bastante altos, atualmente estamos nos preparando para isso", afirmou.

    Críticos do Kremlin acusam as autoridades de suspenderem as restrições rápido demais para abrir caminho para uma votação nacional de reformas que permitiriam ao presidente Vladimir Putin concorrer mais duas vezes ao cargo depois que seu mandato atual terminar, em 2024.

    O Kremlin negou que a decisão de permitir a votação tenha tido motivação política.

    Nesta semana, os moradores de Moscou, a região mais atingida da Rússia, tiveram permissão de visitar museus e ocupar terraços de restaurantes pela primeira vez em mais de dois meses.

    A cidade também se prepara para realizar uma grande parada militar no dia 24 de junho para comemorar a vitória soviética na Segunda Guerra Mundial.

    (Por Gleb Stolyarov; Reportagem adicional de Alex Marrow)

Fonte: Reuters

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