Na exportação, quem vem perdendo mais preço é o frango inteiro

Publicado em 18/06/2020 08:38

Os dados consolidados da SECEX/ME relativos a maio passado apontaram que no mês o preço médio alcançado pela carne de frango exportada pelo Brasil caiu ao menor patamar da corrente década, retrocedendo a valores que não eram registrados desde o primeiro semestre de 2009. Mas qual dos quatro principais itens exportados mais interferiu nessa baixa?

Comparativamente a maio de 2019 a maior perda foi a da carne salgada, cujo preço sofreu redução de, praticamente, 17%. Vêm na sequência, por ordem, os industrializados (-9,62%), os cortes (-8,29%) e, com menor queda, o frango inteiro (-7,36%).

Porém, considerado um espaço de tempo mais amplo, ou seja, a presente década (isto é, de janeiro de 2011 para cá), quem vem apresentando a maior retração é, justamente, o frango inteiro, pois seu preço em maio correspondeu ao menor patamar do período analisado (113 meses). Por sinal, nesse espaço de tempo o preço médio obtido pelo frango inteiro girou em torno de US$1.593,00/t, com pico de US$2.120,75/t. Como, no mês passado, caiu para cerca de US$1.173,00/t, ficou mais de 26% abaixo da média e perto de 45% aquém do pico.

Quem apresenta quase a mesma situação é a carne salgada, cotada a US$1.933,16/t em maio passado. Está, ainda, 7% acima do piso (US$1.803,71/t em janeiro deste ano), mas se encontra cerca de 27% e 45% abaixo da média e do preço máximo (US$2.637,56/t e US$3.486,53/t, respectivamente).

Uma vez que alcançaram US$2.687,17/t em maio último, os industrializados de frango obtiveram preço quase 20% superior ao mínimo já registrado (US$2.249,66/t em dezembro de 2015), além de se encontrarem (embora abaixo) muito próximos da média até aqui registrada (US$2.773,73/t). Mas permanecem mais de 20% aquém do valor máximo já obtido (US$3.384,69/t).

Por fim, os cortes, principal item da pauta avícola: negociados por U$1.397,12/t no mês passado, ficaram 3,5% acima do mínimo (US$1.348,76/t em janeiro de 2016). Mesmo assim, foram negociados por valor 23% menor que a média do período (US$1.814,70/t), além de estarem perto de 40% abaixo do máximo já registrado (US$2.293,05/t).

Fonte: AviSite

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Doença de Newcastle: após erradicação do caso, tratativas são para a retomada das exportações, principalmente de genética avícola
Rio Grande do Sul: Secretaria da Agricultura contém foco de doença de Newcastle com agilidade na região de Anta Gorda
Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura volta ainda mais forte
Frango: estabilidade domina as cotações nesta segunda-feira (29)
Estabilidade prevalece nesta segunda-feira (29) para as cotações no mercado de suínos
Perto de julho chegar ao fim, exportações de carne de frango ainda não 'empataram' com os resultados de julho do ano passado