Principais destinos da carne de frango brasileira nos cinco primeiros meses de 2020

Publicado em 17/06/2020 08:37

Como fizeram na maior parte da história das exportações brasileiras de carne de frango, Japão e Arábia Saudita continuam alternando posições no rol dos principais importadores. Mas agora a disputa se concentra na segunda colocação, pois a liderança, imbatível, pertence à China.

Por sinal, ainda que por pequena diferença (menos de meio por cento), a carne de frango destinada pelo Brasil ao mercado chinês supera neste instante as importações somadas de Japão e Arábia Saudita que, entre janeiro e maio, totalizaram 352.405 toneladas. Pois o volume total destinado a China e Hong Kong no mesmo período somou 353.692 toneladas – 1.287 toneladas a mais.

Analisada a composição do quadro dos 10 principais importadores, constata-se que metade deles é do leste asiático. Juntos, absorveram mais de um terço do volume exportado entre janeiro e maio, gerando mais de 43% da receita cambial obtida pelo setor.

Outros 30% dos 10 maiores importadores estão no Oriente Médio. Mas ao contrário dos importadores do leste asiático (que, em conjunto, aumentaram em 16% o volume importado), registraram redução de volume próxima de 10%, o que faz com que respondam por pouco mais de um quinto do volume e da receita cambial do setor.

Completam o quadro um pais africano (África do Sul) e somente um europeu – os Países Baixos ou Holanda, que tende a cair para a décima posição e até sair do rol dos 10 principais importadores da carne de frango brasileira.

E já que se fez menção a continentes, onde estará a esta altura, nas Américas, o México, saudado anos atrás como um dos países com maior potencial para o produto brasileiro? E que – por sinal – em 2018 esteve entre os 10 maiores importadores do produto e no ano passado já havia recuado à 12ª posição.

Bem... no acumulado dos cinco primeiros meses de 2020 o México surge numa longínqua 45ª posição e com apenas 3.235 toneladas importadas – 83% menos que no mesmo período do ano passado.

Antes que se indague do porquê dessa queda, é interessante observar que, entre janeiro e abril deste ano, enquanto reduziu suas compras no Brasil, o México reverteu comportamento observado em 2019 e aumentou significativamente (+12,4%) as importações dos EUA.

E os dois movimentos – queda no Brasil, aumento nos EUA – estão diretamente relacionados. Pois, como explicou o Presidente do USAPEEC, entidade maior dos exportadores avícolas dos EUA, Jim Sumner, “o aumento das importações do México deveu-se a uma decisão política do governo mexicano de acabar com um sistema que deu ao Brasil acesso sem precedentes ao México”.

A explicação foi dada semana passada, durante reunião virtual em que o Presidente da USAPEEC falou a seus associados sobe o impacto da Covid-19 na indústria do frango.

Fonte: AviSite

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Rio Grande do Sul: Secretaria da Agricultura contém foco de doença de Newcastle com agilidade na região de Anta Gorda
Congresso Nacional Mulheres da Suinocultura volta ainda mais forte
Frango: estabilidade domina as cotações nesta segunda-feira (29)
Estabilidade prevalece nesta segunda-feira (29) para as cotações no mercado de suínos
Perto de julho chegar ao fim, exportações de carne de frango ainda não 'empataram' com os resultados de julho do ano passado
Carne suína exportada até a 4ª semana de julho supera dados de julho do ano passado com tranquilidade