Exportação de carne de frango dos EUA ultrapassou a marca das 300 mil/t em março
Não é fato inédito, porém há um bom tempo (desde outubro de 2018) as exportações de carne de frango dos EUA não chegavam às 300 mil toneladas. De toda forma é fato raro, pois em toda a história do setor isso só foi registrado em sete ocasiões, a maioria delas no início desta década.
Mas, centrando apenas nos números, em março passado a avicultura norte-americana exportou 308.521 toneladas de carne de frango, volume quase 15% maior que o registrado no mesmo mês de 2019 e, também, cerca de 17% superior ao que foi embarcado no mês anterior, fevereiro de 2020.
Com esse resultado o total acumulado no primeiro trimestre do ano situou-se em 842.695 toneladas, aumentando perto de 8% em relação a idêntico período do ano passado. Já o acumulado nos 12 meses encerrados em março de 2020 ficou próximo dos 3,3 milhões de toneladas, aumentando 2,3% em relação a idêntico período anterior.
Cabe perguntar se o aumento registrado neste ano (graças ao resultado de março) foi determinado pelas importações da China, que em novembro do ano passado firmou acordo comercial com os EUA reabrindo suas portas à carne de frango dos EUA.
A resposta é não, já que a participação chinesa nesse aumento foi relativamente pequena. É verdade, neste caso, que ela rompeu uma lacuna que durava quase três anos. Mas suas importações no trimestre corresponderam a apenas 2,5% do total exportado pelos EUA. E como somaram 21.756 toneladas (as do Brasil somaram 176 mil toneladas), colocam a China como o 12º maior importador do produto norte-americano.
Há chances de essa participação se ampliar. À primeira vista a resposta é, também, não. Sobretudo se Trump continuar insistindo que a Covid-19 é mais um produto “made in China”.