No Brasil, JBS e BRF se preocupam com eventuais contaminações por coronavírus entre funcionários

Publicado em 16/04/2020 17:33 e atualizado em 16/04/2020 20:24
Fechamento de plantas de processamento de carne suína nos Estados Unidos por conta de funcionários doentes foi citada por CEO da BRF como exemplo

A exemplo do que aconteceu nos Estados Unidos no último domingo (12), quando a maior produtora de carne suína do mundo, a Smithfield Foods Inc., desativou sua planta em Sioux Falls, Dakota do Sul, por causa de casos de Covid-19 entre colaboradores, a BRF e JBS anunciaram nesta semana preocupação de uma situação semelhante acontecer no Brasil. Nesta quinta-feira (16), a Smithfield Foods Inc. decidiu por fechar mais duas plantas, uma no Missouri e outra em Wisconsin.

De acordo com informações da Reuters, divulgadas nesta quarta-feira (15), a JBS já suspendeu temporariamente uma de suas plantas nos Estados Unidos por conta de funcionários contaminados, e na cidade de Ipumirim, em Santa Catarina, onde há uma planta da empresa, já há dois colaboradores com diagnóstico confirmado e internados em hospitais. Entretanto, segundo a Reuters, a JBS não confirmou os casos. 

A JBS informou, por meio da assessoria de impresa, que "no caso em que um colaborador da JBS teste positivo para Covid-19, a empresa prestará imediato atendimento e total apoio a ele e seus familiares, até seu pronto restabelecimento. Nesse período, conforme orientam os órgãos de saúde, o colaborador será afastado de suas atividades. Além disso, a empresa inclui como protocolo a total desinfecção e sanitização das áreas comuns e do local em que o profissional trabalha".

O comunicado informa ta,mbém que "desde o início do avanço da Covid-19 no Brasil, a empresa tem tomado todas as medidas para garantir a máxima segurança e prevenção de seus colaboradores. As ações seguem as determinações dos órgãos de saúde como a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde e contam ainda com a consultoria clínica de médicos especializados contratados pela empresa para a total adoção das melhores práticas".

Ainda nesta quinta-feira (16), de acordo com o jornal Valor Econômico, a BRF indicou a possibilidade de reduzir o ritmo de abate caso haja contaminação pelo coronavírus entre os funcionários. 

Em uma apresentação ao vivo pelo YouTube na quarta-feira (15), o CEO global da empresa, Lorival Luz, destacou a atual situação vivida nos Estados Unidos em relação à agroindústria, e disse que "não é impossível... a gente pode ter algum nível de contaminação que faça com que tenha que reduzir a velocidade da linha".

Ainda na apresentação ao vivo, ele ressaltou que os casos entre funcionários da empresa estão contidos, e de acordo com o jornal Valor, há seis casos confirmados na companhia, que estão afastados, assim como outros funcionários que tiveram contato. 

Em relação a outros questionamentos, o Notícias Agrícolas entrou em contato com a assessoria de imprensa da BRF, mas a resposta era de que não seria possível atender à demanda. 

 

Fonte: Notícias Agrícolas+Reuters+Valor

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