Exportações de suínos e aves segue em alta em abril em comparação ao mês em 2019
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) sobre as exportações de carne suína e de aves até a segunda semana de abril, os resultados para estes dois setores são positivos em matéria de volume e faturamento. Entretanto, o preço pago pelo frango no mercado externo ainda é baixo.
No caso do frango, o valor da média diária faturada até a segunda semana deste mês foi apenas 0,87% superior ao período no ano passado, enquanto as toneladas por média diária aumentaram em 9,66%.
A média diária faturada com as vendas da proteína suína até agora em abril, supera em 42,16% os valores médios por dia no mesmo mês do ano passado. Em matéria de toneladas por média diária, os embarques foram 25,26% maiores.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, os resultados mostram que a demanda externa continua aquecida, ainda que esteja ocorrendo a pandemia pelo coronavírus.
Ele afirma que além da questão do coronavírus, que esta semana fez fechar a maior processadora de suínos nos Estados Unidos, também há a questão sanitária que afeta vários países, principalmente os asiáticos, princi´pais importadores das proteínas animais brasileiras.
"Além disso, temos o problema da Peste Suína Africana (PSA) na China, principal consumidor, e também da gripe aviária, que afeta não só a China, mas países da Europa e também um caso registrado esta semana nos Estados Unidos".
De acordo com o presidente da ABPA, agora é o momento de o Brasil "fazer o dever de casa" e se esforçar para aumentar as exportações e escoar o excedente produzido que não está sendo consumido no mercado interno.
"Não temos números consolidados ainda, mas acredito que no mercado interno, a queda nas vendas de aves e suínos esteja beirando os 15%", disse.