Rebanho de porcas da China cresce em dezembro, mas riscos de peste suína permanecem
O rebanho de porcas da China cresceu 2,2% em dezembro na comparação com o mês anterior, disse um representante de alto escalão do governo a jornalistas nesta quarta-feira, em um sinal de avanço na produção após surtos de peste suína africana que devastaram criações no país.
A China viu uma redução de quase 40% em seu rebanho de porcas desde outubro passado, segundo dados oficiais, após a peste suína africana ter matado milhões de suínos.
Mas uma recuperação teve início em outubro e o rebanho de porcas agora já aumentou em 7% desde setembro, disse o vice-ministro da pasta de Agricultura e Assuntos Rurais, Yu Kangzhen, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira.
Os estoques de porcos vivos também começaram a crescer em novembro, pela primeira vez em um ano, segundo o ministério.
Yu não revelou os números de dezembro sobre porcos vivos, mas disse que a quantidade de animas levados para abate cresceu em 14,1% ante o mês anterior, com criadores liquidando seus rebanhos antes do feriado de Ano Novo Lunar no final do mês.
Os criadores geralmente engordam seus animais para abate antes do feriado, quando há elevada demanda por carne suína.
Yu também reiterou comentários anteriores de autoridades, de que haverá oferta suficiente de carne durante o feriado, em parte devido à liberação de carne suína congelada das reservas estatais nas últimas semanas.
A China tem aumentado a produção de outras carnes para evitar qualquer escassez. A produção de carne de franco cresceu em 3 milhões de toneladas, ou 15%, em 2019, disse o ministério durante a coletiva.
Apesar do recente crescimento do rebanho, Yu disse que a prevenção de novos surtos de peste suína ainda é uma tarefa complexa e o maior risco à recuperação dos rebanhos.
Yu afirmou que, embora o número de surtos confirmados tenha caído, o vírus espalhou-se pelo país e os riscos devem aumentar com o maior número de suínos e o clima frio, que congela a água e torna operações de limpeza e desinfecção mais desafiadoras.
"Surtos vão continuar a ocorrer na China", afirmou.
(Por Dominique Patton)