IPCA: Aves e ovos reduziram o impacto das carnes na inflação de novembro
Vinha sendo previsto. Apresentando a maior variação mensal dos últimos sete meses – aumento de mais de meio por cento em relação ao mês anterior - a inflação de novembro passado teve nas carnes seu principal vilão. Porém, o índice apontado – 0,51%, o mais elevado para um mês de novembro desde 2015 – teria sido maior não fosse alguns de seus integrantes terem apresentado evolução mais moderada ou mesmo negativa. O grupo “Aves e Ovos”, por exemplo, registrou, em nível nacional, incremento menor que o Índice Geral.
De acordo com o IBGE, o maior impacto individual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro veio do grupo “Carnes”. Com peso de 0,22 ponto percentual no Índice, elas registraram aumento médio de 8,09%. Nas 16 capitais pesquisadas, esse aumento variou de um mínimo de 3,20% (Salvador) a um máximo de 14,13% (Goiânia).
Já o grupo “Aves e Ovos” registrou variação mensal de 0,36%, ou seja, 0,15 ponto percentual abaixo do Índice Geral. Mas, ao contrário das carnes, o aumento não foi generalizado, esteve restrito a oito das praças pesquisadas. Quer dizer: em metade delas os preços de aves e ovos retrocederam em relação ao mês anterior. E, entre as que registraram incremento, o maior aumento foi de 1,32% (Vitória).
Detalhando as variações registradas entre os três itens integrantes do grupo “Aves e Ovos”, observa-se que a menor variação mensal foi registrada pelo frango inteiro (aumento de 0,28%), vindo a seguir o frango em pedaços (+0,34%). O ovo registrou aumento pouco superior a meio por cento.
Nestes casos, o frango inteiro registrou queda de preço em nove das 16 capitais pesquisadas, o frango em pedaços em seis e o ovo de galinha em cinco delas. Destaque, aqui, para Campo Grande, onde os três itens sofreram redução de preço, gerando queda de meio por cento no grupo “Aves e Ovos”. Em oposição, nessa capital o grupo “Carnes” aumentou 10,34%.