Desempenho do frango (vivo e abatido) na 49ª semana de 2019, primeira de dezembro
Como já vinha ocorrendo, o frango vivo comercializado no interior paulista percorreu a 49ª semana de 2019, primeira de dezembro (1 a 7, cinco dias úteis), absolutamente indiferente à atual efervescência do mercado de carnes. Isso quer dizer, primeiro, que permaneceu com a mesma cotação – R$3,20/kg – alcançada há quase um mês; e, segundo, que esse valor representou apenas o máximo negociado, pois persistem as vendas com descontos, variáveis conforme as necessidades de uma e outra parte.
Tal situação não chega a ser novidade. Um ano atrás, nesta mesma ocasião, o valor de comercialização do frango vivo também funcionava apenas como referencial. Tanto que a cotação então registrada – R$3,00/kg – permaneceu inalterada por mais de 30 dias, igualmente indiferente à chegada do período de Festas e também sujeita a descontos variados.
Então, porém, as causas para a apatia do mercado foram diferentes: estiveram relacionadas à redução do ritmo dos abates de forma a atender exigências fiscalizatórias. Agora, tudo indica, a baixa demanda (e, por decorrência, o excesso de oferta) provém da autossuficiência das integrações quanto ao suprimento de aves vivas. Ou seja: adquire-se no mercado independente só o necessário e se necessário.
Não é por menos que, frente a uma valorização anual de pouco mais de 6% da ave viva, a abatida registrou, na semana passada, incremento próximo de 25%. Claro, isto está relacionado, também, às altas do boi e do suíno, mas esse diferencial vem sendo observado há algum tempo, antes mesmo da explosão de preço das carnes. Decorre de abates adequados à demanda do mercado consumidor, comportamento que implica na eventual colocação da produção excedente no mercado independente, gerando maior disponibilidade e consequente depressão dos preços no mercado de aves vivas.