Desempenho do frango (vivo e abatido) na 47ª semana de 2019

Publicado em 25/11/2019 08:48

Exceto por uma valorização de 7%, o frango vivo comercializado no interior paulista reproduz com absoluta fidelidade o ocorrido no mercado um ano atrás. Ou seja: após perda de preço ainda na primeira quinzena do mês, segue agora com a cotação estável em R$3,20/kg.

Notar, também, que esse valor representa apenas um referencial – exatamente como ocorria um ano atrás. Ou seja: as aves vivas sem colocação previamente definida – e cujas ofertas continuam sendo engrossadas por excedentes das integrações – permanecem sujeitas a descontos que podem superar um quinto do valor referencial.

À primeira vista, o frango abatido deveria, pelo menos no presente momento, apresentar comportamento similar ao do frango vivo e até registrar, eventualmente, queda de preço - pois esse vem sendo o comportamento típico anual do setor há um bom tempo.

Porém, muito ao contrário, o produto (resfriado ou congelado) alcança, neste instante, o maior valor nominal de sua história, a média da quarta semana (47ª de 2019) apresentando incremento de praticamente 18% sobre idêntico período do ano passado e a média do mês (15 dias de negócios) chegando aos R$4,65/kg (base: frango inteiro resfriado comercializado no Grande Atacado da cidade de São Paulo), este também o melhor resultado mensal nominal de todos os tempos.

Naturalmente, esse comportamento – aparentemente inédito - é reflexo direto da forte valorização interna das duas outras carnes – a bovina e a suína. Que, por sinal, registram evolução de preço bem superior à do frango. Exemplificando, frente a incrementos do frango resfriado e de seus cortes entre 20% e 30%, o carré suíno resfriado registra evolução anual próxima de 50% e o dianteiro bovino resfriado de mais de 60%.

Isto significa que o frango está perdendo? Muito pelo contrário. Prova, novamente, que continua sendo a carne mais acessível para a população. E, apesar das altas, mantém-se em nível que melhor se adequa à restrita capacidade aquisitiva do consumidor brasileiro. Nesse episódio de alta precificação das carnes, o frango só tem a ganhar.

Fonte: AviSite

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