Suínos: mercado continua com boas cotações; produtor deve aproveitar as boas vendas para fazer caixa

Publicado em 21/11/2019 18:08

O atual momento para o mercado de suínos é favorável ao produtor, com cotações fechando com bons resultados nas principais praças do país. Apesar do aquecimento nas cotações, o analista de mercado da Radar Investimentos, Douglas Coelho, e a pesquisadora do Cepea/Esalq, Juliana Ferraz, afirmam que o momento deve ser aproveitado pelo produtor para vender bem, fazer caixa e quitar dívidas advindas da crise no setor nos últimos dois anos.

Segundo Juliana, a maioria dos produtores está consciente de que é preciso observar como o mercado vai se desenhar no próximo ano. Mesmo com as perspectivas positivas para 2020, principalmente para exportação para a China, devido à crise com a Peste Suína Africana, é preciso entender que o Brasil não é o único país do qual a China importa a proteína. 

--"Se todos os outros produtores dos países fornecedores resolverem aumentar os plantéis para aproveitar o momento, corremos o risco de haver uma oferta muito maior que a demanda, o que pode gerar crise", explica Juliana.

COTAÇÕES EM ALTA

Segundo dados do Cepea/Esalq referentes à quarta-feira (20), as principais praças produtoras do suíno vivo registraram alta no fechamento de mercado. O maior aumento foi em São Paulo, 0,73%, chegando a R$ 5,49 o quilo, seguido de Santa Catarina, com aumento de 0,61%, atingindo R$ 4,98, e Minas Gerais, com aumento de 0,55% e preço de R$ 5,47 o quilo. No Rio Grande do Sul, houve alta de 0,21%, cravando o quilo do suíno vivo em R$ 4,79, e no Paraná, de 0,19%, chegando a R$ 5,15. 

O resultado favorável em São Paulo vem acompanhado de outra boa notícia, segundo o Cepea/Esalq: o poder de compra compra de suinocultores paulistas e catarinenses acumulou o terceiro mês consecutivo de alta. 

Segundo Juliana, apesar de o instituto analisar São Paulo e Santa Catarina nos estudos, essa é uma tendência observada nas demais praças produtoras de suínos, já que os principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, têm tido reajustes menores do que as cotações de suínos.

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, não houve variação de mercado nesta quinta-feira (21) na cotação do suíno CIF, nem do carcaça especial, que permaneceram em R$ 104 /R$ 107 a arroba e R$ 8/R$ 8,20 o quilo, respectivamente. Apesar da estabilidade no fechamento do dia, as cotações em São Paulo para o setor vêm aquecidas tanto pela demanda de exportação quanto pela demanda interna, devido a festividades de fim de ano.

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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