Nenhum país está imune ao risco de surtos da peste suína africana, diz OIE

Publicado em 30/10/2019 15:51

PARIS (Reuters) - A peste suína africana vai se espalhar ainda mais pela Ásia, onde já devastou criações de porcos, e nenhum país está imune ao vírus mortal, disse nesta quarta-feira a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês).

A doença, que afetou especialmente a China, maior produtora mundial de carne de porco, se originou na África antes de se espalhar por Europa e Ásia. Ela foi detectada em 50 países, matou centenas de milhões de suínos e reformulou os mercados globais de carne e demais alimentos.

"Estamos de fato enfrentando uma ameaça que é global", disse à Reuters a diretora-geral da OIE, Monique Eloit.

"O risco existe para todos os países, sejam eles geograficamente próximos ou geograficamente distantes, pois há uma infinidade de possíveis fontes de contaminação."

A doença se espalhou rapidamente por diversos países do sudeste asiático, incluindo Vietnã, Camboja, Laos, Coreia do Sul e Filipinas, e mais países devem ser atingidos nos próximos meses.

"Não vamos caminhar em direção a melhorias no curto prazo. Continuaremos a ter mais surtos nos países infectados. Países vizinhos possuem alto risco, e para alguns a questão é quando eles serão infectados", disse Eloit, enfatizando que é difícil implementar mecanismos de controle.

(Reportagem de Sybille de La Hamaide)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Newcastle: ABPA acredita em rápido reestabelecimento das exportações de carne de frango após informe sobre erradicação de foco
Frango vivo no Paraná sobe 2,26% nesta sexta-feira (26)
Estabilidade domina o mercado de suínos nesta sexta-feira (26)
Mapa notifica à OMSA fim do foco da doença de Newcastle
JBS abrirá fábrica na Arábia Saudita em novembro, quadruplicando capacidade no país
MAPA comunica autoridade internacional sobre erradicação de foco da Doença de Newcastle em Anta Gorda (RS)