Preço do frango vivo em São Paulo retorna à curva sazonal

No primeiro semestre de 2019 o frango vivo comercializado no interior paulista apresentou comportamento absolutamente oposto à sua curva sazonal de preços.

Pois enquanto, pela curva (média dos 24 anos encerrados em 2018), a menor cotação do ano foi registrada no mês de maio, no corrente exercício deu-se exatamente o oposto: a cotação máxima, impossível de ser superada neste restante de ano, ocorreu exatamente em maio de 2019.

Mas esse comportamento anormal teve curta duração, pois a partir de junho os preços voltaram a refluir e, desde julho, permanecem estagnados em R$3,30/kg, valor que se encontra 18,6% acima da média registrada nos 12 meses de 2018– pouco mais de R$2,78/kg.

Independente, porém, da estagnação, a realidade é que os preços registrados neste ano retornaram à curva habitual. Assim, por exemplo, o valor atual se encontra apenas 3,3 pontos percentuais acima da média registrada nos 24 anos anteriores (em maio essa diferença foi mais de 10 vezes superior, de 36,1 pontos percentuais).

O problema, agora, é que essa diferença tende a diminuir ainda mais no bimestre final de 2019. Assim, mantida na comercialização do frango vivo a mesma estabilidade iniciada em meados de junho passado, em novembro a diferença em relação à curva sazonal será de apenas 2,2 pontos percentuais, enquanto em dezembro será inferior a meio ponto percentual.

No entanto, ainda que essas projeções se confirmem, o valor médio anual – da ordem de R$3,28/kg – ficará quase 18% acima dos R$2,78/kg de 2018. Mas em decorrência, sobretudo, do bom desempenho registrado no semestre inicial do ano, período em que o frango vivo registrou valorização anual próxima de 30%. Neste segundo semestre (e até outubro corrente) essa valorização não vai além de 6,5%.