CNA debate normas técnicas da avicultura

Publicado em 13/11/2018 15:48

O Comitê Técnico formado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se reuniu nesta terça (13) para debater questões relacionadas à rastreabilidade de salmonela nas carcaças de aves para exportação de carne de frango.

“Nosso foco é recuperar os mercados internacionais para a carne de frango brasileira, porque aumentando as exportações, aumenta a demanda e o produtor rural será beneficiado com melhores preços pagos ao seu produto”, explicou a assessora técnica da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Ana Lígia Aranha Lenat.

Um dos principais mercados para a carne de frango brasileira, a União Europeia tem uma legislação rigorosa sobre a presença de salmonela. Desta forma, governo e setor produtivo discutem a atualização de normas técnicas para continuar atendendo à demanda dos europeus.

Para a indústria, uma das dificuldades é o tempo necessário para ter um resultado das análises laboratoriais que pesquisam o tipo de salmonela presente na carne de frango quando o teste rápido é positivo. A análise é feita por laboratórios credenciados pela Coordenação-Geral de Laboratórios Agropecuários (CGAL) da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa.

“A indústria precisa de protocolos mais rápidos de diagnóstico. Estamos no caminho certo: os dois lados estão conversando para encontrar um meio de como fazer uma análise que garanta a qualidade do produto, com segurança e celeridade. Por isso a importância do diálogo”, destacou o diretor-técnico da ABPA, Rui Vargas.

Segundo o diretor substituto do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Mapa, Lucio Akio Kikuchi, o governo está aberto ao diálogo com a iniciativa privada. “Vamos ouvir todos os lados para chegarmos a um denominador comum e definirmos o que podemos fazer”.

A coordenadora de Gestão de Demandas Laboratoriais do Ministério da Agricultura, Josinete Barros de Freitas, afirmou que caso seja identificada a presença de salmonela em uma amostra, é necessário esperar de sete a dez dias para os resultados das novas análises e somente depois, e se cumpridos os requisitos, o produto é liberado para exportação.

Rodrigo Nazareno, coordenador-geral de Laboratórios Agropecuários do Mapa, sinalizou que a demanda do setor por novos protocolos de sorotipificação da bactéria na carne de frango está avançando no órgão.

A salmonela é uma bactéria comum que faz parte da flora intestinal de seres humanos e de animais. Porém, alguns tipos específicos podem causar problemas sérios à saúde dos consumidores.

Fonte: CNA/SENAR

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