Suinocultor poderá prorrogar custeio e investimento adquiridos no Banco do Brasil

Publicado em 19/04/2018 12:48

O Banco do Brasil anunciou, nesta quinta-feira (19), a prorrogação de custeio e investimento para atender produtores rurais, cooperativas e agroindústrias que desenvolvam a atividade de suinocultura ou avicultura. De acordo com a norma, o interessado poderá prorrogar por dois anos o contrato de custeio e, no caso das operações de investimento ou de custeio já prorrogado, o produtor terá um ano adicional ao final da parcela adiada. A medida abrange prestações vencidas ou vincendas até o dia 31 de dezembro deste ano e as taxas de juros serão analisadas de acordo com cada contratação.
 
A norma foi um pleito da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e de suas afiliadas, que no último mês solicitaram à instituição financeira a prorrogação do vencimento dos custeios adquiridos nos dois últimos anos. As entidades apresentaram dados técnicos aos gerentes da Diretoria de Agronegócio do Banco do Brasil com intuito de justificar a demanda.
 
Segundo informações apontadas, o embargo russo à carne suína brasileira prejudicou o preço no mercado interno, por conta do excesso de oferta. Outro entrave é o alto custo de produção que está afetando a rentabilidade do negócio, isso porque devido à quebra da safra de grãos na Argentina e o atraso no plantio da segunda safra de milho no Brasil, houve um aumento significativo na cotação da saca do cereal no país.
 
O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, explicou que o anúncio pretende garantir a permanência de grande parte dos suinocultores na atividade. “O setor tem uma significativa importância econômica e social para o país, pois a cadeia produtiva de suínos movimenta mais de R$ 149 bilhões e tem um número expressivo de pequenos e médios produtores que sustentam suas famílias no campo por meio da atividade".
 
Lopes destacou ainda que o Banco do Brasil sempre foi um grande parceiro e, para atender o produtor de forma mais rápida e eficiente, foi feita uma medida coletiva que não exige laudo técnico individualizado para aqueles que queiram postergar seus pagamentos.
 
As agências do Banco do Brasil já estão cientes e preparadas para receber o produtor. O gerente da Diretoria de Agronegócio da instituição, Álvaro Tosetto, explicou que a norma não é automática, ou seja, o produtor terá que solicitar. “Basta que o produtor interessado procure a sua agência para requerer o benefício”.

Fonte: ABCS

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