Estados Unidos diz que exportará carne suína à Argentina e quer competir com Brasil
Depois de um diálogo via telefone com o presidente da Argentina, Maurício Macri, a Casa Branca informou, em sua conta de Twitter, que em breve a carne suína dos Estados Unidos será vendida no país sul-americano. Os Estados Unidos esperam vender por US$10 milhões em um primeiro momento e competir com o Brasil, que cobre quase 11% do que é consumido no vizinho.
No último mês de agosto, os Estados Unidos haviam dado por habilitado o mercado argentino para seu produto. Técnicos do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) realizaram uma inspeção sanitária nas granjas de suínos dos norte-americanos em setembro e, agora, preparam um informe.
A comunicação no Twitter da Casa Branca deixou as autoridades argentinas surpresas pela referência à carne suína feita pelos Estados Unidos.
Por sua vez, a Casa Rosada divulgou que, entre outros temas, Macri falou com Trump sobre a necessidade de a Argentina reabrir o mercado dos Estados Unidos para a carne bovina e para que seja solucionado o conflito pelo biodiesel. O governo não fez referência à questão da carne suína.
"Sobre o biodiesel, o presidente Macri considerou, junto ao presidente Trump, o diálogo entre os setores privados de ambos os países e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a fim de resolver diferenças existentes para que se possa retomar a exportação para o país", disse a Casa Rosada. Ele agregou que o país traz "importância" ao acesso da carne bovina aos Estados Unidos.
Segundo uma fonte oficial, a carne suína ficou em uma conversa geral sobre comércio. "Macri falou de nossos produtos que chegam aos norte-americanos e Trump dos seus, como a carne suína", contou, ao La Nación.
Tradução: Izadora Pimenta