Três províncias da Argentina se unem para estabelecer "barreira sanitária" aos suínos provenientes dos Estados Unidos
Em uma reunião realizada na Federação Agrária Argentina (FAA) na cidade de Rosario, Argentina, os ministros da Produção e Agricultura e Pecuária das províncias de Santa Fe, Entre Ríos e Córdoba entraram em acordo sobre estudar a possibilidade de estabelecer uma "barreira sanitária" para impedir que a carne suína dos Estados Unidos ingresse no país, como resultado do acordo do intercâmbio comercial que o presidente Maurício Macri fechou com a administração de Donald Trump.
Depois da reunião, o presidente da FAA, Omar Principe, disse que "a conclusão a qual se chegou é que o impacto da decisão de abrir as importações de suínos vai gerar muita mão de obra e valor agregado nos Estados Unidos".
Com isso, a preocupação gira em torno da defesa do trabalho e da produção do país. Há 40.000 postos de trabalho diretos vinculados à produção de suínos na Argentina e 180 frigoríficos que correm perigo, como apontou o presidente.
Além disso, também há uma preocupação para conservar a sanidade da Argentina, tendo em vista que os Estados Unidos contam com a presença da doença respiratória suína (PRRS).
Outras entidades, como as Confederações Rurais Argentinas (CRA) e a Associação Argentina de Produtores de Suínos (AAPP) também já questionaram a entrada de suínos dos Estados Unidos.
Tradução: Izadora Pimenta