Suíno vivo: Recuo nas compras pesa e altas perdem força
As cotações do suíno vivo no mercado independente encerram a semana com queda em algumas praças. Após altas contundentes - em consequência da melhora na procura por animais -, as valorizações perderam força e alguns estados já registraram recuos nas ofertas de compra.
O levantamento semanal realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes indicou que as cotações encerraram a semana sem direcionamento definido. Enquanto em São Paulo os preços recuaram de R$ 5,44 para R$ 5,07/kg [queda de 6,80%], no Mato Grosso do Sul o cenário foi oposto, fechando a semana em R$ 3,70 - 13,85% acima da última referência. (Confira o gráfico)
Para os pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os repasses das valorizações do animal vivo aos preços da carne reduziu o volume de compra da população, consequentemente pressionando todos os elos da cadeia.
No atacado as baixas também foram registradas nesta semana. Segundo o Centro, na Grande São Paulo a carcaça especial suína recuou 3,1%, fechando na média de R$ 7,75/kg na quarta (22).
Apesar da fraqueza no mercado interno, as exportações de carne suína têm colaborado com o escoamento da produção. “Preocupa um pouco a apreciação do real frente ao dólar, o que pode acabar afetando o andamento dos embarques”, diz o analista da Safras & Mercado, Allan Maia.
Exportações
As exportações de carne suína 'in natura' até a terceira semana de fevereiro vêm apresentando bons resultados. Em treze dias úteis foram embarcados 33 mil toneladas e média diária de 2,5 mil/t, representando avanço de 2,4% na comparação com o mês anterior e, 10% na relação anual.
Em receita as exportações totalizam US$ 76 milhões de toneladas, com o preço médio da tonelada negociado em US$ 2.303.