Brasil monta ‘operação de guerra’ para impedir que o vírus da gripe aviária entre no país
O atual surto mundial de Influenza aviária já obrigou produtores da Ásia e da Europa a sacrificar mais de 20 milhões de aves para o controle da doença. E nas últimas semanas, o vírus colocou em alerta todo o setor produtivo da avicultura no Brasil, após a confirmação de um foco no Chile, em uma fábrica de processamento de perus na região de Valparaíso, a cerca de 120 km da capital Santiago.
O Brasil é o segundo maior produtor – atrás apenas dos Estados Unidos – e o maior exportador mundial de carne de frango. Entre os grandes players do segmento é o único que jamais registrou casos de Influenza em aves. No Paraná, que concentra mais de 30% da atividade no país, a agência estadual de defesa agropecuária (Adapar) afirma que tem intensificado o monitoramento e as campanhas de conscientização junto aos produtores.
“Estamos monitorando pessoas, aves e até restos de comida, em áreas de muito trânsito, como portos e aeroportos”, reforça o diretor-presidente do departamento, Inácio Kroetz. “Estamos atualizando os protocolos de biossegurança, fazendo treinamento com produtores e técnicos. Alertas foram disparados para todas as nossas unidades”, salienta.
A preocupação tem fundamento: qualquer veículo, objeto ou até mesmo roupas podem “carregar” o vírus, além do possível contato com aves silvestres que migram do hemisfério Norte para o Sul durante o verão, onde as condições são melhores para a reprodução.
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