Suíno Vivo: Mercado tem ritmo lento na semana e encerra com desvalorização em São Paulo
Os preços fecharam estáveis para o suíno vivo nesta sexta-feira (23). Devido ao período de recesso para as festas de final de ano, muitas praças de comercialização não funcionaram nos últimos dias. Com isso, poucas movimentações nas cotações foram registradas, depois de diversas valorizações na primeira quinzena do mês.
Apenas em São Paulo houve modificações de preços, em que no início da semana a bolsa de suínos abriu em alta e acabou fechando com negócios entre R$ 87 a R$ 89/@. Com isso, foi registrada queda de 2,25%, segundo informações reportadas pela APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos).
Nas demais regiões, as referências para a semana ficaram estáveis, após valorizações registradas nas semanas anteriores. Em Santa Catarina, os negócios ocorrem a R$ 4,20/kg, assim como no Rio Grande do Sul. Já Minas Gerais e Goiás trabalham cotação a R$ 4,70 pelo quilo do vivo.
Apesar disso, o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) explica que a última semana teve melhora na liquidez, apesar de a procura registrada estar abaixo do esperado para o período. “O preço médio da carne suína na parcial de dezembro de 2016 é o segundo maior para o mês, em termos nominais, da série do Cepea, o que, segundo alguns agentes, estaria limitando um aquecimento maior na demanda”, explica.
Para o período, os pesquisadores explicam que altas nas próximas semanas não estão descartadas, embora muitos frigoríficos devam voltar ao mercado apenas no próximo ano. “Nos próximos dias, a procura por animais para abate vai depender do movimento no mercado de carnes”, explica o boletim.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, explica que apesar das altas registradas, o movimento não anula as dificuldades do ano. "Mas ainda não é suficiente, pois, no Rio Grande do Sul por exemplo, os suínos entregues nesta semana e nas próximas foram àqueles alimentados em custos muito elevados", ressalta o presidente.
» Assista a entrevista na íntegra com o presidente da ACSURS
Exportações
Números divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta segunda-feira apontam que os embarques de carne suína in natura chegaram a 20,7 mil toneladas, até a terceira semana de dezembro. Com média diária de 1,7 mil toneladas, o resultado chega a ser 40,8% menor que o valor por dia de novembro e superior em 1,9% que o mesmo período de 2015.
Em receita, os embarques atingem US$ 47,4 milhões, com valor por tonelada chegando a US$ 2.289,2. Os atuais dados são menores em 48,3% aos resultados de novembro e maior em 21,3% aos resultados de dezembro do ano passado.