Suíno Vivo: São Paulo e Minas Gerais fecham com referências estáveis; Custos de produção recuam
O mercado de suíno vivo registrou mais um dia de preços estáveis nesta terça-feira (11). Seguindo a tendência das demais regiões, Minas Gerais e São Paulo também definiram manutenção nas cotações para os próximos dias — assim como nas semanas anteriores.
A bolsa de suínos paulista ficou definida entre R$ 77 e R$ 79, valor equivalente a R$ 4,10 e R$ 4,21/kg — o mesmo das últimas semanas na praça de comercialização. Já Minas Gerais voltou a encerrar em R$ 4,20/kg, valor cotado há sete semanas.
O analista de mercado, Fabiano Coser, explica que a demanda ainda tem ditado os preços, apesar do avanço nos dados de exportações – o que diminui os impactos do enfraquecimento no cenário doméstico. “A fragilidade da economia brasileira não tem permitido reação nas cotações do animal vivo, nem mesmo com a proximidade das festas de final de ano”, explica.
Dados parciais de outubro para a carne suína in natura confirmam o desempenho positivo dos embarques, de acordo com divulgação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) na segunda-feira. Em seis dias úteis, foram exportados 15,6 mil toneladas, com média diária de 3,1 mil toneladas.
Além disto, os custos de produção têm registrado ligeira melhora – embora ainda seja sinal de atenção nas granjas. Segundo levantamento da Embrapa Suínos e Aves, o ICPSuíno/Embrapa teve queda no índice em relação a agosto de 5,11%, chegando a 233,96 pontos. Em comparação com o ano passado houve uma alta de 19,15%, com acumulado de 14,70%. Apenas neste mês, os dados de nutrição recuaram 5,06%.
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O presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, explica que é necessária a mudança de preços para amenizar o cenário de altos custos de produção desde o início de 2016. “Esperamos ter um padrão melhor de preços, mesmo com as dificuldades da nossa economia. Precisamos de uma melhor remuneração para que possamos ter lucratividade na propriedade e minimizar os custos de produção”, explica.