Suíno Vivo: RS e SC registram manutenção nas cotações nesta 2ª feira
Nesta segunda-feira (10), o mercado de suíno vivo inicia a semana com preços estáveis nas principais praças de comercialização. Novamente, Santa Catarina e Rio Grande do Sul optaram pela manutenção das cotações para os próximos dias, enquanto as demais regiões ainda não tiveram definição.
Com isso, a referência no estado catarinense é de R$ 3,90/kg. O presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, aponta que o mercado não apresentou reação na última semana, com alguns negócios sendo realizados abaixo do valor definido.
“Esperamos ter um padrão melhor de preços, mesmo com as dificuldades da nossa economia. Precisamos de uma melhor remuneração para que possamos ter lucratividade na propriedade e minimizar os custos de produção”, explica.
No Rio Grande do Sul, a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) aponta que a média estadual aos produtores independentes segue em R$ 3,92/kg. Aos suinocultores integrados, o cenário também é de estabilidade, em R$ 2,96/kg.
Para os insumos, a média do estado para a saca de milho de 60 quilos seguiu em R$ 42,50, enquanto que o farelo de soja está em R$ 1.125,00 pela tonelada. Há um ano, a cotação média para o milho era de R$ 30,80 por saca.
O mercado vem tentando a recuperação de preços diante dos altos custos de produção, mas a demanda ainda tem ditado o cenário. Segundo o analista da Safras & Mercado, a negociação na última semana ocorreu de forma lenta, com frigoríficos relatando demanda enfraquecida.
"Reajustes são importantes para amenizar esta situação, até mesmo pelo fato da oferta do milho estar mais restrita nessa semana, com os preços começando a subir em algumas regiões do país", alerta.
Exportações
Por outro lado, os embarques de carne suína in natura iniciaram o mês com desempenho positivo, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Em seis dias úteis, foram exportados 15,6 mil toneladas, com média diária de 3,1 mil toneladas.
Sem comparado com o desempenho por dia de setembro, houve acréscimo de 4,2%, enquanto que em relação ao mesmo período do ano passado a alta é de 49,1%. Em receita, chega em US$ 36,11 milhões, com valor por tonelada em US$ 2.310,7.
Para Losivânio o desempenho das exportações têm sido positivo. “As exportações brasileiras estão boas, mas as indústrias brasileiras não conseguem ter uma boa lucratividade por conta da conversão do dólar por tonelada”, comenta.