Suíno Vivo: Mato Grosso segue tendência das demais regiões e cotação fecha estável nesta 4ª feira
Nesta quarta-feira (05), o mercado de suíno vivo seguiu estável nas principais praças de comercialização. Seguindo a tendência das demais regiões, Mato Grosso também optou pela manutenção de preços para os próximos dias, em R$ 3,25/kg – segundo informações da Acrismat (Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso).
Além do estado, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais também fecharam referência estável no início da semana. Mesmo diante do período em que o consumo é maior, as cotações não conseguem registrar aumentos – apesar da necessidade, diante dos altos custos de produção.
O presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, aponta que as dificuldades econômicas do país continuam interferindo na demanda por carnes, impedindo a reação de preços. Historicamente, setembro é o mês em que começa a ser registrado movimento de alta, devido as compras para as festas de final do ano – cenário que não foi observado até o momento.
O analista de mercado, Fabiano Coser, aponta que nem mesmo o desempenho externo e o período do ano têm trazido fôlego ao mercado. “Nem mesmo a proximidade do final de ano, época tradicional de aumento do consumo de carne suína que consequentemente faz com que as indústrias comecem a estocar o produto no último trimestre de cada ano, aliado ao recorde das exportações no mês de setembro foram suficientes para alavancar as cotações do animal vivo”, explica
Em setembro, os embarques atingiram 63 mil toneladas de carne suína in natura, segundo dados Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O dado representa incremento de 39,6% em relação ao mesmo período de 2015.
A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) aponta que com este resultado, os embarques de 2016 já superam aos do ano passado. “As exportações realizadas entre janeiro e setembro já superaram o total de carne suína in natura exportada nos doze meses de 2015, que foi de 472,7 mil toneladas”, destaca Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente técnico da ABPA.