Custos de produção de suínos e de frangos de corte já subiram mais de 30% nos últimos 12 meses

Publicado em 25/07/2016 07:30

Os custos de produção de suínos e de frangos de corte divulgados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa, subiram pelo quarto mês consecutivo. Em junho, o ICPFrango/Embrapa chegou a 242,32 pontos, enquanto o ICPSuíno/Embrapa superou pela primeira vez a barreira dos 250 pontos, fechando a 253,74 pontos.

Assim, o ICPFrango acumula altas de 2,98% em relação a maio, de 19,54% no ano e de 34,41% nos últimos 12 meses. Já ICPSuíno subiu 7,38% em relação a abril. No ano, o aumento já é de 22,65%, chegando a 38,82% nos últimos 12 meses.

Mais uma vez, o gasto com a nutrição dos animais foi o que mais influenciou a inflação dos índices calculados pela Embrapa. No caso dos suínos, os custos da ração subiram 36,11% desde janeiro, enquanto que com os frangos de corte a alta é de 33,24% no mesmo período.

Segundo o analista da área da socioeconomia da Embrapa Ari Jarbas Sandi, a alta nos custos de produção de ambos os setores do agronegócio brasileiro é reflexo dos contínuos aumentos nos preços dos insumos para as rações. "No Paraná, o preço do milho no atacado simplesmente duplicou nos últimos 12 meses. Em Santa Catarina, maior produtor de suínos, este mesmo insumo obteve um aumento de preço na ordem de 88,3%. Já para o farelo de soja, matéria-prima indispensável na formulação de rações para frangos de corte e suínos, o aumento no período analisado, foi de 37,52% no Paraná e de 38,11% em Santa Catarina", diz.

Para Sandi, "apesar de anunciada pela Conab no Décimo Levantamento de Safras/Julho 2016 a redução na produção de milho em 13,3% na safra e 21,1% na safrinha, e de a cotação do dólar continuar favorável à exportação de produtos derivados da agricultura e da pecuária, o mercado de grãos no mercado interno, especialmente o milho, tem sinalizado possíveis reduções de preços no atacado durante o próximo mês. Se esta tendência se confirmar, certamente, o setor produtivo de carnes poderá respirar um pouco mais aliviado", espera.

Fonte: Embrapa Aves e Suínos

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